FINAL FELIZ

Inundação em Pinheiro recua 60cm e famílias já retornam às suas casas

Com a resolução do rompimento da barragem do Rio Pericumã, até sábado (15) bairros já devem estar completamente secos e Carnaval volta ao calendário da cidade

A inundação causada pelo rompimento da barragem do Rio Pericumã no último dia 11 que desabrigou centenas de famílias no município de Pinheiro, no Maranhão, está praticamente resolvida. Nesta sexta-feira (15), o nível de água abaixou em 60cm e as famílias já estão retornando às suas casas. No sábado, todas as famílias já devem estar em suas devidas moradias e bairros devem estar completamente secos.

Foto: Prefeitura de Pinheiro/Divulgação

Com a resolução da situação, é suspenso o estado de calamidade e as atividades turísticas, inclusive o Carnaval, voltam ao calendário da cidade. Por volta das 12h da sexta, o Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA) sobrevoava o local, juntamente com um engenheiro do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), para assegurar o retorno do dia-a-dia habitual dos cidadãos.

“São três comportas que tem a barragem. Uma das comportas foi consertada e voltou-se à normalidade. (…) A tendência é que, doravante, com as medidas que se vai tomar por parte do Governo do Estado e também da Prefeitura de Pinheiro, é que a vida da população e das pessoas que precisam do Rio Pericumã com as suas atividades, volte à normalidade”, relata o Coronel Célio Roberto, do CBMMA.

A chuva segue ininterrupta. A inundação só recuou depois que a Prefeitura de Pinheiro comprou cabos e, agindo com caráter emergencial, abriu as outras comportas – mesmo com a responsabilidade sobre a barragem sendo de órgãos federais e da DNOCS, proprietária da represa.

Segundo informações da assessoria da Prefeitura, a última vistoria feita pela DNOCS na barragem do Rio Pericumã havia sido no ano passado, mas nenhuma reforma foi feita por não terem sido liberados os recursos necessários para a obra. No momento, a administração de Pinheiro está em contato com a Defensoria Civil para se certificar do que poderá ser feito para ressarcir danos causados às famílias.

Entenda

Na última segunda-feira (11), o cabo de uma das três comportas da Barragem do Rio de Pericumã se rompeu e alagou os bairros Matriz, Campinho, Floresta e Dondona Soares, em Pinheiro, interior do Maranhão.

A chuva ininterrupta na região fez o inundamento se alastrar por toda a região baixa da cidade. Mais de 100 famílias tiveram que deixar suas casas. A prefeitura fez o alojamento, tendo que buscar as vítimas com canoas.

Na quinta-feira (14), o prefeito da cidade, Luciano Genésio (PP), se reuniu com a Defesa Civil Estadual e Municipal e considerou a possibilidade de um Estado de Calamidade Pública e, por consequência, do cancelamento do Carnaval de Pinheiro.

O risco de rompimento da Barragem das Flores

No dia 23 deste mês, a Câmara Municipal de Pedreiras irá reunir prefeitos e representantes de diversas entidades para alertar sobre uma possível ameaça de rompimento da represa do Rio das Flores, no Maranhão. 

Barragem do Rio das Flores, no Maranhão. Foto: Reprodução

O rompimento da Barragem das Flores poderia causar alagamento nas cidades de Anajatuba, Arari, Bacabal, Bernardo do Mearim, Conceição de Lago-Açu, Dom Pedro, Igarapé Grande, Joselândia, Lago Verde, Lima Campos, Pedreiras, Poção de Pedras, Santo Antonio dos Lopes, São Luis Gonzaga do Maranhão, Trizidela do Vale, Tuntum e Vitória do Mearim.

Crea irá fiscalizar todas as barragens do Maranhão

O alerta surgiu após o rompimento de barragem em Brumadinho, Minas Gerais, e a inundação em Pinheiro, município maranhense, que acometeram centenas de famílias e mobilizaram o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Maranhão (Crea-MA) a fazer a vistoria de todas as estruturas do estado. A fiscalização deve iniciar ainda em fevereiro.

Das 11 barragens do Maranhão, sete são de contenção de resíduos e as outras quatro são de vazão. Seis das de rejeitos ficam em São Luís, de propriedade da Alumar, contendo restos de bauxita: I, II, III, IV e V e Lago de Resfriamento; a sétima é a Barragem do Venê, localizada no interior de Godofredo Viana, que extrai ouro e pertence à empresa Aurizona.

Lagoa de resíduos de bauxita em São Luís é de responsabilidade da Alumar (Foto: Honório Moreira/OIMP/D.A Press)

Quanto às estruturas nos rios para a geração de energia elétrica e contenção de água, a capital conta com uma, no Rio Itaqui-Bacanga. As outras três são a Hidrelétrica do Estreito, no interior de mesmo nome; a de Pericumã, em Pinheiro; e a Barragem de Flores, no município de Joselândia.

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