Quando o assunto é futebol, elas são craques
Com sua beleza e alto astral conseguem deixar ainda mais iluminada as arquibancadas de um dos esportes mais amados do mundo.
Por ser chamado de “o esporte das multidões”, o futebol provoca paixões e multiplica emoções. Neste Dia Internacional da Mulher, conversamos com torcedoras de dois times tradicionais do futebol maranhense: Moto Club e Sampaio Corrêa, que mostraram que quando soma o esporte com o seu time do coração, não existe diferenças, nem tempo ruim.
O Moto Club conta com a administradora Isabela Castro em seu time de torcedoras. A jovem de 26 anos conta que nasceu em uma família de motenses. Logo, desde criança acompanha os jogos do seu time do coração.
“Agradeço e valorizo a influência da minha família, por que através deles pude desenvolver esse amor pelo time da minha terra, que representa nossa gente e nosso lugar”, conta a torcedora.
A rubro-negra é tão apaixonada pelo Papão do Norte que em 2015, juntamente com seis torcedores, fundou o Motim (Movimento Organizado de Torcedores Independentes do Moto). Além de reunir apaixonados pelo time, sempre que podem realizam eventos para arrecadar verba e contribuir com benfeitorias no clube, como por exemplo, ajudar nas melhorias do Centro de Treinamento do Papão.
“A ideia do Motim me conquistou quando vi possibilidade de fazer alguma coisa além de torcer pelo Moto. Tenho muito carinho pela associação e seus membros, que são também amigos”, explica a administradora.
TRICOLOR DE CORAÇÃO
A contadora Clara Rodrigues é apaixonada por futebol desde pequena. Porém, foi em 2010 que a jovem de 27 anos viu seu amor crescer desenfreado pelo tricolor Sampaio Corrêa.
“Meu primeiro jogo do Sampaio Corrêa foi em 2010, no Estádio Municipal Nhozinho Santos, quando um ex-namorado que me apresentou o calor apaixonado da torcida do time. A partir daí o Sampaio virou minha realidade”, relembra Clara.
Clara, que está sempre presente nos jogos na capital, já perdeu a conta de quantos jogos esteve dentro e fora do Maranhão. “Sempre que eu posso viajo para outros estados para acompanhar os jogos do Sampaio, já fui no Estádio Presidente Vargas e Castelão (Fortaleza), Estádio Mangueirão (Belém), Estádio Albertão (Teresina), Arena Fonte Nova (Bahia) e outros do interior do estado”.
A torcedora tricolor enumera diversos pontos que a faz torcer pelo Sampaio, porém enaltece a importância de colaborar com o futebol maranhense. “O Sampaio Corrêa é minha realidade de torcedora, onde posso ir ao estádio, torcer, dialogar com diversas pessoas e entender muito mais do futebol e digo que ainda é mais apaixonante o fato de ser do meu estado”, assegura.
PRECONCEITO
Clara conta que nunca sofreu preconceito e que no estádio todas essas barreiras são vencidas quando se trata de amor ao Sampaio.
“Não convivo com machistas clássicos, no estádio homens e mulheres são iguais mesmo grito de paixão e amor pelo o time. Nunca sofri preconceito, desrespeito no estádio. Estar no meio deles todos abraçados na mesma emoção, pulando e gritando e o amor que sinto por meu time superar as barreiras e preconceitos”, explica.
Questionada em relação a ser mulher e gostar de futebol, Isabela conta que ainda existem pessoas que acham no mínimo estranho mulher estar sempre no estádio, mas que isso não a atrapalha em nada.
“Ainda existem pessoas que acreditam que, delicadeza da mulher a impede de ser apaixonada por futebol. Já enfrentei situações de preconceito, em conversas sobre esquema tático do time, opiniões sobre o técnico e jogadores, ainda existem homens que acham que mulheres não entendem de futebol e só servem para embelezar as arquibancadas. Mas somos muito mais do que isso”, enaltece a rubro-negra.
AMOR AO MANTO
Uma mesma pergunta foi feita para as torcedoras: “Se pudesse descrever o que você sente pelo seu time, o que diria?”, uma palavra uniu as torcedoras dos grandes rivais do futebol maranhense: AMOR.
“É um sentimento diferente de qualquer outro que você tenha em suas outras relações. É uma espécie de amor, já que o coração bate mais forte com tudo que se relaciona ao Moto como: ouvir o hino, o escudo, ir aos jogos, viver as vitórias e até mesmo as derrotas, misturado com orgulho, onde quer que ele esteja, onde estejam seu nome, suas cores e seus símbolos”, tenta explicar a torcedora rubro-negra.
“O Sampaio para mim é mais que um time, é o meu amor. Serei eternamente grata ao Sampaio Corrêa Futebol Clube por me proporcionar tantos momentos incríveis, aqueles profundos, que só torcedor conhece, pelos os amigos que ganhei no estádio e pode ter certeza que em qualquer fase, série seja boa ou ruim, estarei acompanhando com minha camisa, bandeira encarnada verde e amarelo, meu tubarão Bolívia Querida”, finaliza.