São Luís registra acontecimentos marcantes no primeiro semestre de 2020
Neblina, navio naufragado, lockdown, cancelamento do São João e ventanias: tudo aconteceu na capital maranhense em apenas 6 meses.
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Reprodução
Quem começou 2020 pensando que seria um ano tranquilo se enganou. O ludovicense – e quem mora na Ilha do Amor mesmo sem ser nascido e criado por aqui – precisou de “força na peruca” para lidar com situações inusitadas no primeiro semestre. De fato, o passado recente e o presente se transformarão em muitas histórias a serem contadas às futuras gerações. São tantas, que O Imparcial listou as principais. Confira!
“Está nevando em São Luís!”
Foi isso o que muita gente exclamou logo nos primeiros dias do ano, mas não, não era neve. Entre os dias 07 e 08 de janeiro de 2020, moradores de São Luís registraram momentos de muita neblina por várias regiões da cidade. O nevoeiro chamou a atenção por ser incomum na capital maranhense. O céu ficou totalmente coberto por uma “mancha branca”, que dificultou o trânsito e atrasou voos no Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado.
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Naquela ocasião, meteorologistas explicaram que o fenômeno atmosférico, que é considerado atípico na região, deu-se por conta da chegada do período chuvoso que, este ano, começou mais cedo e fecha o ciclo neste mês de julho.
Colisão de ferry-boats
Na manhã do dia 04 de fevereiro, quem precisou do transporte marítimo entre o Terminal do Cujupe, em Alcântara, e o Terminal da Ponta da Espera, em São Luís, passou por momentos de sufoco, após duas embarcações colidirem no meio da Baía de São Marcos.
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Já pensou o susto?! Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o desespero das pessoas no exato momento da colisão.
Por causa do incidente, as viagens tiveram atraso.
O trajeto por ferry-boat é a principal rota entre São Luís e municípios da Baixada Maranhense.
“Titanic de Minério”: Navio Stellar Banner
A saga do Navio Stellar Banner deixou ambientalistas preocupados. O mercante foi carregado pela mineradora ‘Vale’ no Terminal Portuário de Ponta da Madeira, em São Luís, e seguia em direção à China. A embarcação encalhou a cerca de 100km da costa do Maranhão.
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A Marinha chegou a montar um gabinete de crise envolvendo representantes da Capitania dos Portos do Maranhão e outros órgãos ambientais para averiguar as causas do encalhe.
O caso ganhou repercussão nacional. No início de março, mês seguinte ao acidente, o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, visitou São Luís para participar de uma vistoria ao cargueiro Stellar Banner. A maior preocupação das autoridades era com um possível derramamento de óleo, que poderia trazer consequências insustentáveis ao meio ambiente. Não houve registro de vazamento.
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Depois de três meses de intensa operação de retirada de minério e óleo, o Navio, que é de propriedade da empresa ‘Polaris Shipping’, foi afundado.
Jacaré na Lagoa da Jansen
No final de março, um temporal deixou ruas e avenidas alagadas, em São Luís. Porém, o protagonista, dessa vez, foi um enorme jacaré que apareceu nas proximidades da Lagoa da Jansen, bairro nobre da capital maranhense.
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A foto do animal viralizou nas redes sociais.
A equipe do Corpo de Bombeiros capturou o jacaré e o encaminhou para o Centro de Triagem e Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama).
Chegada do Coronavírus no Maranhão
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Antes de chegar ao Maranhão, o Coronavírus já assustava pessoas em várias regiões do Brasil e do Mundo. Maranhenses temiam a chegada do vírus. No entanto, foi no dia 20 de Março que a Secretaria de Estado da Sáude confirmou o primeiro caso no Maranhão. Era uma homem que tinha retornado de São Paulo. A partir daquele dia, os casos não pararam de subir no Estado. A onda crescente trouxe inúmeras consequências.
Lockdown
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Falando em consequências do Coronavírus no Maranhão, autoridades decidiram decretar, inicialmente, 10 dias de bloqueio total em São Luís e em mais três municípios da Região Metropolitana. Foi a primeira área do Brasil a aderir ao lockdown. Somente serviços extremamente essenciais puderam funcionar. A determinação foi da Justiça do Maranhão e foi acatada pelo Governo do Estado, como forma de frear o aumento do número de casos da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, já que o sistema de saúde poderia entrar em colapso.
Durante os 10 dias de bloqueio das atividades não essenciais, barreiras de fiscalização foram montadas na região da Grande São Luís. Ao final, o lockdown foi prolongado por mais 3 dias. O Governo do Maranhão percebeu resultados com o decreto da medida.
Cancelamento do São João
Qual maranhense “raiz” não adora o mês de junho?! Pois é! Este ano, foi tudo diferente por causa da Covid-19. Fica até difícil imaginar o São João do Maranhão sem o brilho dos arraiais, das quadrilhas, das danças tradicionais e do majestoso Bumba Meu Boi. A solução de muitos brincantes foi aderir às lives, que são transmissões ao vivo nas redes sociais. Quem, um dia, imaginou que seria assim?!
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A notícia de cancelamento da festa junina no Maranhão veio por meio de comunicado da Secretaria de Estado da Cultura, que percebeu o cenário de crise sanitária, do qual impossibilitou a realização do evento.
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De acordo com o secretário Anderson Lindoso, ainda há esperança de que haja um “São João fora de época”.
Ventanias causam estragos
Chuvas rápidas com fortes ventanias e alto teor de devastação. Assim ficou o clima em algumas regiões de São Luís entre os meses de junho e julho.
O fenômeno, nunca visto na capital maranhense, assustou moradores em bairros como Turu, Coroadinho, Cidade Operária, Forquilha e Anil.
No início de junho, no Turu, uma chuva forte foi capaz de destelhar casas, arremessar tampas de caixas d’água e derrubar outdoors.
Cerca de um mês depois, a cena se repetiu no bairro Coroadinho. Só que, dessa vez, os estragos foram maiores. Moradores relataram que viram uma espécie de redemoinho. Segundo especialistas, tratava-se, no entanto, de uma “tesoura de vento”.
Uma semana depois dos fortes ventos no Coroadinho, a região do bairro Forquilha ficou devastada com a ventania mais intensa registrada no primeiro semestre deste ano. Postes vieram abaixo e árvores chegaram a invadir um trecho da Estrada de Ribamar. A região ficou sem energia elétrica por várias horas. O que mais chamou a atenção foi uma torre de telefonia que caiu e destruiu uma casa. O impacto atingiu residências ao lado. A parede de uma oficina de carros ficou destruída.
É isso! Só quem viveu sabe! 2020 ainda tem pouco mais de 5 meses para chegar ao fim. E a pergunta que fica é: o que será que ainda vem por aí?! Façam suas apostas!