Injustiçados pelo sistema

Vereadores que não foram eleitos apesar da quantidade de votos

A legislação eleitoral tem o quociente eleitoral, que acabou prejudicando quatro candidatos a vereador de São Luís, que teriam sido eleitos se não houvesse a regra

A regra do quociente eleitoral, que determina a quantidade de vagas para cada partido nas Câmaras Municipais, deixou candidatos bem votados de fora da Câmara de vereadores de São Luís. Em 2016, quatro candidatos sofreram com a falta de quociente e acabaram não sendo eleitos.
Em São Luís, o candidato Paulo Luiz (PRB) alcançou votação expressiva, tendo recebido 7.237 votos, número que o deixou na oitava colocação entre os mais votados. No entanto, por conta do quociente eleitoral fixado em 21.283 votos e a votação de seu partido, que chegou apenas em 16.504. Paulo Luiz, que é bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, não conquistou sua cadeira no Legislativo ludovicense.
O vereador Sebastião Albuquerque (PRP), parlamentar veterano, não conseguiu se reeleger, mesmo sendo bem votado, com 5.501 votos e terminando na 12ª colocação geral. Paulo Victor (PROS), com 4.562 votos ficou em 25º lugar e Armando Costa (PSDC), com 4.302 votos terminaria no 29º posto.
O caso dos três últimos é diferente de Paulo Luiz, pois seus partidos conseguiram atingir o quociente, mas eles acabaram batidos por candidatos de dentro de suas coligações e agora ficam na expectativa de entrar na Câmara como suplentes.
Esse quarteto integraria a Câmara se não existisse o quociente, pois terminaram entre os 31 candidatos mais bem votados. Eles entrariam nas vagas de Edson Gaguinho (PHS), que terminou na 34ª posição geral em votos, Genival Alves (PRTB), que ficou em 49º, Cezar Bombeiro (PSD), que foi o 60º, e Silvino Abreu (PRTB) em 61º.
O candidato Silvino Abreu foi eleito com o menor número de votos, apenas 2.233. Porém, apesar da baixa votação, a sua sigla conseguiu 23.393 votos e assim ultrapassou o quociente eleitoral, conquistando uma cadeira na Câmara Municipal. O sindicalista Cezar Bombeiro (PSD) foi outro vereador eleito com baixa votação, obteve 2.248 votos, porém, seu partido também foi além do quociente, com a marca de 22.043 votos.
Além do quarteto, outros nomes se destacaram nas urnas com uma votação expressiva, mas que acabaram não sendo eleitos e, mesmo se não houvesse o quociente, continuariam fora, como é o caso de Rommeo Amin (PCdoB), com 4.106, e Batista Matos (PCdoB), com 4.075.
Como funciona o quociente eleitoral
O quociente eleitoral define os partidos e/ou coligações que têm direito a ocupar as vagas em disputa nas eleições proporcionais: eleições para deputado federal, deputado estadual e vereador.
Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral. Em 2016, para garantir uma cadeira na Câmara de São Luís, partidos e coligações precisaram de 21.283 votos. Este número é o quociente eleitoral, resultado da divisão entre a quantidade de votos válidos e o número de cadeiras existentes no Legislativo municipal.
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