ELEIÇÕES 2016

Segundo turno marcado pela negação e aceitação de apoios políticos

O 2º turno da campanha para a Prefeitura de São Luís vem sendo marcado por neutralidade e negações de apoios pelos dois candidatos

Nos últimos dias, um curioso fenômeno vem acontecendo durante a campanha à Prefeitura de São Luís. Em vez dos tradicionais pedidos e declarações de apoio, está ocorrendo um movimento de declarações de neutralidade e reafirmações de não apoio, bem como a negação aos apoiadores por parte dos candidatos.
Iniciado pelo deputado Adriano Sarney (PV), ao dizer da tribuna do plenário da Assembleia que o candidato Eduardo Braide havia buscado o apoio de seu grupo no primeiro turno, o deputado iniciou uma verdadeira corrida de alegações e suposições sobre quem apoia quem neste pleito.
Na manhã de ontem, Adriano Sarney fez novo pronunciamento sobre o pleito de São Luís. O deputado reforçou o fato de que ele e sua família são opositores do governador Flávio Dino e do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, e não está dando apoio a Eduardo Braide.
“Não apoio nem Edivaldo nem Eduardo. Não apoiarei nem nunca vou apoiar Braide e Edivaldo. Um não tem coerência e outro é tutelado pelo governador. Sempre fui um grande opositor de Flávio Dino e da prefeitura. Não falto com minha coerência. É impossível apoiar Edivaldo”, afirmou.
Lobão Filho
O suplente de senador Edison Lobão Filho (PMDB) foi outro que se manifestou ontem, sobre a disputa eleitoral em São Luís, a partir de uma entrevista ao blogueiro John Cutrim. O peemedebista afirmou ao jornalista que o deputado estadual procurou o seu grupo político para fazer uma aliança ainda no primeiro turno, porém, agora optou por ficar sozinho, assim como conseguiu chegar ao segundo turno.
Segundo Lobão Filho, “é absolutamente verdadeiro que o candidato Eduardo Braide procurou a todos nós no início do primeiro turno, em busca de apoio. Eu mesmo o recebi na Difusora em busca de tal apoio. Acontece que isto ocorreu antes da campanha, onde o objetivo maior do Eduardo era a viabilização de condições mínimas de campanha. Estava ele buscando desesperadamente coligar com o PMDB, e com isso sair de pouco menos de dez segundos de TV para mais de um minuto. (…) Muito legítimo da parte dele, já que ele sempre fez parte do meu grupo político”, disse.
Ele explicou que o apoio foi negado naquele momento. “Acontece que tal apoio lhe foi negado quando o partido decidiu ter candidatura própria, inclusive contra minha vontade e de Roseana. Poderíamos, sim, ter apoiado Eduardo Braide, seria algo natural. Mas isto não ocorreu. Iniciada a campanha, ele realmente não contou com o apoio de absolutamente ninguém. Nem do governo e nem de nós. Não podemos esquecer que, se ele chegou ao segundo turno, chegou exclusivamente com suas próprias pernas.”
Lobão Filho ainda afirmou ser um erro estratégico o desprezo colocado ao grupo Sarney nos debates eleitorais. “Por último, e não menos importante, eu quero esclarecer um equívoco presente em toda imprensa ligada ao atual governo, mas que salta aos olhos de qualquer cidadão que mora e trabalha no estado do Maranhão. Estes profissionais tentam vender a ideia de que os candidatos querem se afastar do meu grupo político. Esquecendo que o maior cabo eleitoral deste mesmo grupo é o atual governo do estado. Andei muito no interior nesta campanha e nunca vi um governo cair no ocaso tão vertiginosamente em tão pouco tempo”.
Cezar Bombeiro
Na contramão do movimento de negação aos apoios, o vereador eleito Cezar Bombeiro (PSD) declarou apoio ao candidato Eduardo Braide, durante “Caminhada 33” realizada ontem na Rua Grande. No primeiro turno, o vereador apoiou o candidato Wellington do Curso (PP).
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