ELEIÇÕES 2016

Opinião: Confronto sem nocaute

Raimundo Borges faz análise sobre debate ocorrido no segundo turno entre os candidatos Edivaldo Júnior (PDT) e Eduardo Braide (PMN).

Nenhuma casca de banana e muito esforço para não capotar no chão firme do estúdio da TV Mirante. O último debate entre os candidatos Edivaldo Júnior (PDT) e Eduardo Braide (PMN) foi marcado por respostas sem dubiedade, indagações sem rodeios e pouca importância ao essencial: propostas inovadoras para atrair os indecisos. Os dois cumpriram rigorosamente o script ensaiado pelos marqueteiros. Edivaldo, que levou um safanão na abertura do debate do primeiro turno, diante de quatro concorrentes, anteontem, tentou revidar já na primeira pergunta ao adversário Braide.
Houve diferença marcante em relação ao primeiro turno, quando Edivaldo ficou estonteado, de saída, no tema sobre “Creche”, como se desse “um branco” no restante do debate, ensaiado para acuá-lo. Neste agora, Holanda estava desenvolto, mais solto e contundente nas perguntas e firme nas respostas. Era outro. Já Eduardo Braide, extremamente equilibrado, explorou o seu forte poder de argumentação, mas claramente preocupado em não derrapar. E conseguiu.
No campo das propostas, porém, elas simplesmente sumiram na penumbra da ansiedade e do temor de perder pontos de ambos os lados. O prefeito Edivaldo procurou falar de sua gestão, mas pouco avançou sobre o que será dos próximos quatro anos, caso seja reconduzido hoje. Eduardo Braide se fixou mais na área de saúde, fonte principal de sua atuação como deputado estadual, sem trazer à baila algo empolgante e inovador, no temário proposto pela emissora, como em Educação e geração de empregos.
Resumo é que, como não era uma rinha de galo, os dois saíram do debate como entraram: ilesos e sem hematomas políticos. Deixaram o último compromisso público eleitoral sem a sensação de ter apanhado ou batido forte no adversário. Em síntese, foi uma discussão “civilizada”. O eleitor que esperou assistir a uma pancadaria, ou um elenco de propostas inovadoras para só então decidir o voto, corre o risco de chegar hoje à urna na mesma situação vacilante.
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