JOGO DA SUCESSÃO

Indefinição de apoios marcam o cenário da sucessão em São Luís

A única a declarar o efetivo apoio a um dos candidatos foi a vereadora Rose Salles (PMB) que anunciou estar ao lado de Eduardo Braide

Em plena campanha para as eleições do segundo turno, os candidatos Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e Eduardo Braide (PMN) são influenciados diretamente pelas articulações que têm como objetivo final a eleição estadual de 2018. Entre especulações, diálogos informais e manifestações oficiais de apoio, a única certeza até o momento é que a disputa municipal permanece em completa indefinição.
Ainda durante esta semana, com a retomada das propagandas partidárias e com o amadurecimento do cenário de apoio é que será possível traçar um panorama para os desdobramentos para este round, que culminará na eleição do próximo gestor da capital maranhense.
Na partida atualmente em disputa, a única a declarar o efetivo apoio a um dos candidatos foi a vereadora Rose Salles (PMB), que anunciou estar ao lado de Eduardo Braide na última terça-feira.
Flávio Dino
Governador Flávio Dino (Honório Moreira)

Em entrevista a um blog da revista Fórum, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), fez uma análise do momento político do país, incluindo as eleições deste ano.

Dino afirmou que as eleições municipais no Maranhão enterraram de vez a oligarquia política da Era Sarney. O PCdoB elegeu 46 prefeitos, dentre um universo de 153 eleitos do campo aliado ao governo e mais 215 vereadores. Para ele, o principal mérito “foi ter conseguido paradoxalmente manter vivo o sentimento da mudança”, disse.
O governador voltou a ressaltar a importância e conquistas da sua base de apoio no Palácio dos Leões e aproveitou para brincar com o posicionamento do PSDB no Maranhão. “Os partidos que mais elegeram foram o PCdoB, em segundo o PDT e em terceiro, o PSDB, que aqui é o PSDB do B, aliado aqui também. Mas são os três principais partidos”, comentou.
Para Dino, “a grande lição é que hoje ninguém está em condição de ficar sozinho. A esquerda está toda no mesmo barco”. “As derrotas que o PT colheu, nós também colhemos, com a exceção do Maranhão”, destaca.
Fábio Câmara
Vereador Fábio Câmara

O vereador Fábio Câmara (PMDB) tende a ficar neutro na disputa entre Braide e Holanda. O peemedebista não se sente representado por nenhum dos dois candidatos e por isso optaria pela neutralidade.

O Imparcial teve acesso a um áudio atribuído ex-candidato a prefeito em que ele demonstraria descontentamento com os atuais candidatos e explica os motivos de sua suposta neutralidade. “Seria trocar seis por meia dúzia […] Edivaldo é do mesmo jeito de Braide; Braide é do mesmo jeito de Edivaldo, o pai de Braide é quem vai mandar […] Braide tem o posicionamento dele, eu respeito o posicionamento dele e, também, Edivaldo não tem a mínima condição […] Não vou com nenhum dos dois, vou ficar na minha, vou cuidar da minha saúde e tocar pra frente e esperar o resultado […] Agora é hora de se aproximar da paciência […] Ninguém vai impedir o amanhecer, o que tiver que acontecer, vai acontecer”.
Eliziane Gama
Eliziane Gama

A deputada federal Eliziane Gama (PPS) parece estar perdendo mais uma vez o tempo das movimentações. Fontes ligadas à candidata ventilaram que sua declaração de apoio seria dada ontem, algo que diariamente vem se repetindo. No entanto, até o momento, assessoria sustenta que qualquer informe sobre declarações de apoio seria fruto de boatos e ilações.

Wellington do Curso
Wellington do Curso

O clima de indecisão paira também em relação ao candidato Wellington do Curso (PP). Terceiro lugar no primeiro turno nas eleições de 2 de outubro, o candidato ainda não falou publicamente sobre sua decisão para a reta final da corrida. “No momento oportuno vou me pronunciar”, disse. Ouvidos por O Imparcial, fontes próximas dão conta que Wellington seguiria o caminho de apoio a Eduardo Braide, mas seu silêncio a respeito do processo pode indicar ainda uma neutralidade no processo.

Roberto Rocha
Grupos políticos

Nos bastidores, comenta-se o apoio do senador Roberto Rocha à candidatura de Eduardo Braide, no entanto, até o momento permanece o posicionamento afirmado por Braide na última terça-feira, de que não poderia comentar sobre a declaração, por não ter sido procurado pelo senador até então.

Concretamente, a movimentação do senador parece voltada ao Palácio dos Leões. Em sua página no Facebook, Rocha teceu sérias críticas ao governador do estado, Flávio Dino, chegando mesmo a sugerir que haverá atraso do pagamento dos servidores no final do ano.
“No Maranhão, o governador Flávio Dino, do PCdoB, fez um esforço muito grande nestas eleições a ponto de quase pintar o Palácio dos Leões de vermelho. Ao contrário do que pregou em sua posse, soltou os “leões” para rugirem com estridência, Maranhão adentro. Assim mesmo, saiu da campanha menor do que entrou”, comentou
“Em dezembro, o sinal vermelho poderá acender para os servidores públicos. Infelizmente, caso aconteça, será um péssimo agouro para as dezenas de prefeitos neocomunistas que no mês seguinte tomam posse alimentados pela esperança de virtuosas parcerias”, diz o trecho final da publicação.
Valdeny Barros
Valdeny Barros

Em contato com a reportagem de O Imparcial, a assessoria do candidato do Partido Socialismo e Liberdade informou que nenhuma decisão foi tomada e que o partido definirá em assembleia, no próximo sábado, os direcionamentos a ser tomados. A tendência é que mantenha a neutralidade no processo, juntamente com o Partido da Causa Operária e demais pequenos partidos alinhados à ultra-esquerda.

Cláudia Durans
CLaudia Durans

Em nota divulgada à imprensa, o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), da candidata Cláudia Durans, afirma que não apoiará nem Edivaldo Holanda Júnior (PDT), nem o deputado estadual Eduardo Braide (PMN). O partido disputou a eleição para a Prefeitura de São Luís, representado pela professora Cláudia Durans, e obteve 0,82% da preferência dos eleitores, um total de 4.299 votos na capital.

“Saímos com o sentimento de dever cumprido destas eleições, pois conseguimos denunciar a farsa da democracia dos ricos que impedem inclusive que a população tenha acesso igual ao nosso programa e apontamos aos trabalhadores e a juventude da cidade a necessidade de uma saída coletiva para realizar transformações profundas que melhorem sua vida”, diz a nota do PSTU.
A legenda criticou também os outros candidatos que concorreram no primeiro turno. “A maioria das candidaturas postas na capital defendeu um mesmo: prometem governar para todos, que tem muitos projetos e que são os mais preparados para colocá-­los em prática, mas não expõem suas ligações com os ricos e grupos tradicionais que controlam a política de nossa cidade e do nosso estado”.
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