Investigação

Caso Ana Caroline: três meses sem respostas do assassinato brutal no Maranhãozinho

No local do crime, seu corpo foi descoberto com a pele do rosto, o couro cabeludo, os olhos e as orelhas arrancados.

Ana Caroline Sousa Campêlo, de 21 anos, foi encontrada morta com requintes de crueldade no Maranhão. (Foto: Reprodução)

Três meses após o brutal assassinato de Ana Caroline Sousa Campêlo, o caso permanece envolto em mistério, sem que se saiba ao certo o que motivou o crime contra uma jovem sem histórico de violência, crimes ou inimigos conhecidos.

Ana, de 21 anos, foi encontrada morta em 10 de dezembro, logo após sair do trabalho, em Maranhãozinho.

No local do crime, seu corpo foi descoberto com a pele do rosto, o couro cabeludo, os olhos e as orelhas arrancados.

A polícia ainda não conseguiu determinar a motivação por trás dessa crueldade, mas suspeita-se que o autor ou mandante do crime tinha grande ódio pela vítima.

Ana, que meses antes residia em Centro do Guilherme, havia se mudado para Maranhãozinho para viver com a namorada.

Em 31 de janeiro, a Polícia Civil do Maranhão prendeu Elizeu Carvalho de Castro, de 32 anos, suspeito de envolvimento na morte de Ana.

Segundo as investigações, ele é o homem que aparece em um vídeo, vestindo uma camisa branca e conduzindo uma motocicleta, seguindo a jovem por uma rua do município.

O vídeo mostra Ana percorrendo a Rua Nova Um, que dá acesso à estrada para Cachimbós. Poucos segundos depois, surge na gravação um homem com camiseta branca em uma moto, seguindo o mesmo caminho da jovem.

O corpo de Ana Caroline foi encontrado por seus familiares próximo à Rua Getúlio Vargas, cerca de 300 metros do local onde ela teria virado com sua bicicleta.Uma testemunha relatou à polícia que viu a jovem com um homem de camiseta branca em uma moto pouco antes de seu desaparecimento.

Essa testemunha afirmou ter presenciado quando o homem colocou Ana Caroline no veículo e partiu em direção a uma estrada vicinal que leva ao povoado Cachimbós, onde o corpo foi posteriormente encontrado.

Apesar da prisão de Elizeu Carvalho, a Polícia Civil ainda não conseguiu entender a motivação por trás do crime, pois o suspeito nega qualquer participação e se mantém calado durante os interrogatórios.

Além disso, a falta de testemunhas oculares no local do crime tem dificultado as investigações.

Os investigadores agora estão focados em analisar as informações contidas no celular de Ana na tentativa de desvendar a motivação ou identificar quem poderia ter encomendado o assassinato.

A morte de Ana Caroline provocou protestos de ativistas em várias cidades do país, com manifestações cobrando respostas da Polícia Civil do Maranhão e mudanças legislativas para proteger lésbicas.

A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, classificou o assassinato como lesbofobia e crime de ódio contra as mulheres.

O Levante Nacional Contra o Lesbocídio tem sido uma voz ativa nessas manifestações, exigindo justiça para Ana Caroline e debatendo o uso do termo “lesbocídio” como uma forma de tipificação dentro do feminicídio.

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