Dia do Estudante

Estudantes maranhenses utilizam a internet para compartilhar conteúdos e empreender

Os maranhenses Amanda Cutrim, Thamiris Miwa e João Gabriel Costa utilizam das redes sociais para compartilhar seus conhecimentos.

Amanda Cutrim, João Gabriel e Thamiris Miwa utilizam internet para compartilhar conteúdos e empreender. (Foto: Reprodução/Instagram)

Você já ouviu falar em studygram? A combinação entre as palavras “estudo (study)” e Instagram é utilizada para nomear a prática dos usuários que compartilham métodos de aprendizado e organização de estudos. Para muitos acadêmicos, essa ferramenta tem feito muita diferença, desde a vida acadêmica até depois de formados.

A maranhense Amanda Cutrim, de 21 anos, é estudante de psicologia e administra uma página de studygram, onde compartilha seus estudos, além da rotina de aluna do curso superior, estagiaria e experiências, tornando o perfil mais descontraído.

Desde o começo da minha graduação, eu seguia algumas estudantes de Psicologia, então sempre tive esse desejo de criar um mas eu tinha muita vergonha e medo de não saber o que compartilhar. Comecei o meu studygram no começo do ano de 2021, durante a pandemia porque senti que eu também tenho muito conteúdo e alguns conhecimentos que posso repassar para outros estudantes e até mesmo leigos”, conta a estudante de psicologia.

“Me organizo para produzir os post, anoto as ideias que surgem até mesmo durante as aulas. É assim que funciona pra mim e já se tornou prazeroso produzir”, finaliza Amanda Cutrim.

Foto: Reprodução/Instagram

A estudante de psicologia afirma, ainda, que para levar o conteúdo mais didático e compreensivo para os seguidores ajuda a aprender mais.

“Desde que comecei a produzir os post, me senti mais confiante em debater alguns temas, principalmente os que tenho mais interesse e os que levo mais conteúdo para o Instagram, como Transtorno do Espectro Autista, desenvolvimento infantil e sobre a abordagem da Análise do Comportamento”, relata Amanda Cutrim.

A estudante ainda comemora e agradece a ferramenta do Instagram por ter tirado sua timidez em frente às câmeras. “Apresentar um trabalho na faculdade? Espero não travar mais! Obrigada, stories do Instagram!”, comemora Amanda Cutrim.

Sobre os feedbacks em relação ao seu perfil studygram, a estudante diz que ama receber e isso a motiva muito.

“O studygram me proporciona conhecer vários estudantes e profissionais da psicologia, a gente troca muito conhecimento, experiência e admiração também. Meus seguidores são super acolhedores e adoro receber mensagens deles com dicas de conteúdos para novos posts”, expressa Amanda Cutrim.

Após o fim da graduação

Foto: Reprodução/Instagram

Já a jornalista maranhense Thamiris Miwa, de 22 anos, mesmo depois de formada, seu studygram ainda trás resultados. Em 2018, a jovem criou uma conta no Instagram com o intuito de ajudar outros estudantes de jornalismo.

“Já acompanhava outras contas que falam de outros cursos, mas nunca achava alguém para falar da faculdade de comunicação mostrando o processo na prática, as dores e delícias da profissão. Eu sou apaixonada pelo curso que eu escolhi e pela área da comunicação e precisava compartilhar para ajudar outras pessoas que sempre pensaram em cursar mas tinham muitas dúvidas”, relata Thamiris Miwa.

A jornalista conta que compartilhar os conteúdos na rede social ajudavam muito na hora de aprender. “Falam também que a gente aprende ainda mais quando repassa o conhecimento. Então, eu sempre estudava, testava e passava para as pessoas, através do conteúdo nas redes sociais, os conhecimentos e os meus aprendizados sobre o tema”, afirma Thamiris Miwa.

A jovem relata, ainda, que ela e os seguidores do studygram criaram uma comunidade muito sólida, onde reunia pessoas de vários estados que estudavam ou estavam pensando em fazer algum curso da área da comunicação.

“A gente tinha até um quadro dentro do Instagram que as pessoas colocavam o e-mail e eu enviava mapas mentais com resumos sobre algum assunto. Até hoje mantenho contato com algumas pessoas que me conheceram através do studygram”, relembra a jornalista.

Através do studygram, Thamiris Miwa conseguiu estágios e criar seus próprios projetos, como o Midia Tips, e seu curso on-line Foca no Digital, lançado em 2020, sobre jornalismo e comunicação no digital.

“Me ajudou a buscar novas habilidades que a área estava cobrando, fui aprendendo na prática novos conhecimentos que na faculdade ainda não abordava. Sem dúvidas, me dava muita força para continuar no curso e servia como um impulso para não ficar parada. Além de tornar esse processo de graduação mais fácil e até divertido”, afirma a jornalista.

Para quem está iniciando seu studygram, Thamiris Miwa deixa uma mensagem positiva. A jornalista revela que optar por compartilhar sua jornada na internet possibilita novos caminhos e oportunidades na carreira.

Hoje eu trabalho com a comunicação no digital por ter começado a criar conteúdo lá atrás. A internet te possibilita conhecer pessoas e ajudá-las, criar suas próprias oportunidades e expor a sua forma de trabalhar. Minha dica é começar passando o que você sabe hoje e compartilhar a sua jornada ou o processo do segmento que você escolher. Isso tudo com muita autenticidade, vontade de fazer acontecer e com um objetivo claro. Só comece e vai melhorando no caminho”, finaliza a jornalista.

Mentoria digital

Foto: Reprodução/Instagram

Para o estudante de medicina João Gabriel Costa, de 22 anos, as redes sociais não foram somente uma oportunidade de compartilhar conhecimentos, mas também uma forma de empreender.

“Tudo começou quando uma amiga minha, Débora Miranda, que tem um canal na plataforma Youtube, me convidou para participar de uma série de redação em 2020. A ideia era democratizar o conhecimento da redação do Enem em tempos de pandemia, de uma forma mais acessível e próxima aos estudantes”, conta João Gabriel.

O estudante de medicina relata que a partir da visibilidade que ele ganhou por meio dos vídeos, ele viu a oportunidade de colocar em prática o sonho antigo de ensinar algo que sempre foi sua paixão: a Língua Portuguesa, sua gramática e a produção.

“Na minha rotina escolar e no cursinho, o ato de conversar e explicar os assuntos sempre foi algo presente e que me ajudava a fixar também os conteúdos. Nesse sentido, a redação foi algo que eu desenvolvi a aptidão e o gosto de forma precoce. Com isso, juntei a condição favorável, o desejo de contribuir de alguma forma com a aprovação de outros estudantes no vestibular de maneira acessível e a oportunidade de conseguir uma renda”, explica João Gabriel.

Para conciliar os estudos com a monitoria, o jovem utiliza os contra-turnos das aulas para realizar sua atividade extra, durante a semana sábado de manhã e no início da tarde.

“Organizo bem o preenchimento desses horários semanalmente para que eu não fique sobrecarregado e ainda me reste tempo para estudar as matérias da faculdade e para descansar também”, esclarece o estudante.

João Gabriel afirma que uma das partes mais gratificantes desse processo de repassar aprendizados é receber feedbacks positivos. O jovem afirma que não importa o quanto o tempo passe, ele sempre se emociona como se fosse com ele os relatos de pessoas que alcançaram a aprovação no curso que desejavam no vestibular e que a redação se tornou um “ponto-chave” nessa preparação a partir do seu trabalho.

“Além de também perceber a evolução pessoal de cada ‘monitorando’, os quais muitas vezes iniciam as monitorias achando que esse conhecimento é inalcançável, sem muita base ou até mesmo com aversão ao assunto, mas que por fim acabam em um processo de grande superação pessoal, assim, também me ensinando muito. Fazer parte da caminhada de realização do sonho de várias pessoas e poder acompanhar essa evolução é algo inexplicável e que hoje fico feliz em ter na minha rotina”, finaliza o estudante.

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