Mariano Filho é preso pela morte do próprio pai, o Nenzin
Havia um mandado de prisão expedido contra ele. Dois suspeitos de participar do crime foram presos na noite de ontem
A polícia prendeu, no início da manhã desta sexta-feira, 8, Manoel Mariano de Sousa Filho, o Júnior do Nenzin, de 47 anos. Ele é suspeito de matar o próprio pai, ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano, o Nenzin, político e fazendeiro conhecido na região.
Havia um mandado de prisão expedido contra ele. Dois suspeitos de participar do crime foram presos na noite de ontem. Mariano Filho, que também é conhecido como Vaqueiro da Barra e já foi candidato a prefeito da cidade, estava foragido.
Nenzin foi morto na manhã da última quarta-feira, 6, quando se deslocava para sua fazenda. Na primeira versão que veio à tona, contada pelo filho, ele teria sido abordado por dois homens em uma moto, que atiraram e mataram o ex-prefeito. Mariano Filho, que estava com o pai, nada sofreu.
Sobre Mariano Filho
Manoel Mariano de Sousa Filho, o Júnior do Nenzin, ou Vaqueiro da Barra, como também é conhecido, foi candidato a prefeito de Barra do Corda pelo Partido Verde, mas não venceu. Tem 47 anos e ensino médio completo. Na eleição, perdeu para o atual prefeito, Eric Costa, por uma diferença de 1700 votos. Seu irmão, Rigo Teles, é deputado estadual.
Outras participações no crime
Na noite desta quinta-feira, 7, o delegado de Barra do Corda, Renilton Ferreira, confirmou prisão temporária de duas pessoas envolvidas no crime que tirou a vida de Manoel Mariano de Sousa, ex-prefeito da cidade.
Francisco David Correia de Freitas, conhecido como David, e Luzivan Rodrigues da Conceição Nunes, conhecido pela alcunha de Luizão. O primeiro, amigo de Mariano Filho; o segundo, funcionário da fazenda de Nenzin.
Há indícios de que David participou na ocultação de provas. Ele teria levado a camionete de Mariano Filho para o lava jato e solicitado lavagem completa do veículo, incluindo retirada dos bancos.
Luizão, vaqueiro da fazenda, teria informado a Mariano Filho sobre a visita de seu pai à fazenda, com intuito de realizar contagem dos gados, na manhã do dia 6, data em que foi assassinado.
Furto de gados
O furto dos gados na fazenda de Nenzin vinha acontecendo há longo tempo. Segundo informações, Mariano Filho, com ajuda do vaqueiro Luizão, era o principal responsável. Ele vendia gados para pagar dívida de sua campanha política.
No dia do crime, Nenzin voltava à fazenda para conferir o número de gados. Das 635 cabeças, restavam apenas uma média de 60. Sumiço de praticamente 600 cabeças de boi, que seria detectado naquela manhã.
Sabendo da visita para contagem de bois, o vaqueiro Luizão teria entrado em contato com Mariano Filho e informando que não levaria a culpa sozinho. Estava disposto a contar a Nenzin sobre a autoria do filho.