CRISE INTERNA

A reconstrução do PMDB

O PMDB maranhense ainda não mapeou totalmente o efeito do terremoto eleitoral de 1014, quando o partido improvisou a candidatura, Lobão Filho ao governo e perdeu no primeiro turno. Roseana Sarney deixou o Palácio dos Leões com o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, antes de terminar o mandato. De lá até hoje foi impossível […]

O PMDB maranhense ainda não mapeou totalmente o efeito do terremoto eleitoral de 1014, quando o partido improvisou a candidatura, Lobão Filho ao governo e perdeu no primeiro turno. Roseana Sarney deixou o Palácio dos Leões com o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, antes de terminar o mandato. De lá até hoje foi impossível conter a debandada peemedebista, desde vereadores até nomes de peso do quilate do ex-secretário Luís Fernando Silva, do ex-deputado federal Gastão Vieira e, possivelmente, do ex-deputado Ricardo Murad, cunhado de Roseana.
Murad foi um dos homens fortes do período sarneísta, odiado por uns e aplaudido por outros, graças à capacidade de articulação e entrar em jogadas sem medo de se quebrar. No último governo de Roseana ,ele comandou a área da saúde e de abastecimento de água (Caema), gerenciando mais da metade do orçamento estadual. Hoje, ele quer ganhar espaço para disputa da Prefeitura de São Luís, mas o senador João Alberto e o deputado Roberto Costa fecham-lhe as portas.
Como organização, o PMDB tenta se reinventar no Maranhão, exatamente no ano em que no Congresso assumiu o comando do poder político como há muitos anos não acontecia com qualquer partido. Mesmo sendo o principal aliado da petista Dilma Rousseff, o PMDB, na prática, implantou o “presidencialismo” desengonçado, mas capaz de acuar, seguidamente, o Palácio do Planalto, aproveitando a fragilidade do governo diante da crise econômica e política.
Só para entender o drama do PMDB maranhense, em 2012 elegeu nada menos que 48 dos 217 prefeitos, uma leva de vice e legião de vereadores. Agora, o senador João Alberto tem dificuldades até para reunir seu diretório da capital, enquanto a debandada não para. Tudo motivado pelo fator Flávio Dino em 2014, que foi eleito prometendo enterrar de vez a era sarneísta e suas travessuras de poder, e pelas eleições de 2016, quando o cenário político a ser apresentado ao distinto votante será completamente diferente de 2012. Além desse fator, os peemedebistas, com Roseana, João Alberto, José Sarney e Edison Lobão, vão tentar reconstruir o desmantelo do ano passado. Possivelmente, sem a ajuda de Ricardo Murad.
VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Mais Notícias