Um vinho para levar para jantar

…ou almoçar, petiscar e qualquer programa que tenha (boa!) comida. Os Vinhos Verdes vão casar direitinho com aquele prato delicioso

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Harmonização é o casamento entre comida e bebida que deu certo. E quando dá certo mesmo, é garantia de felicidade para a vida inteira – com direito a todas as bodas merecidas. Um vinho escolhido perfeitamente para acompanhar um prato pode fazer maravilhas por um jantar. Não se trata de gourmetização, não. É uma questão de boa experiência à mesa. Você dá uma garfada, a comida está ótima, daí toma um gole do vinho e seu paladar chega a explodir de emoção. Quem já provou uma boa harmonização sabe o que é isso…
Os vinhos produzidos na região de Vinhos Verdes, no Noroeste de Portugal, são boas pedidas para almoços e jantares porque são bem gastronômicos, ou seja, acompanham muito bem diversas receitas, de entradas até os pratos principais. No Brasil, são mais conhecidos os vinhos brancos produzidos na região, bastante refrescantes. Mas há novos perfis de rótulos sendo desenvolvidos por produtores locais, com expressões mais profundas e intensas, que são perfeitos para combinar com aquela sua receita especial. Aqui, o crítico de vinhos Marcel Miwa indica algumas harmonizações de Vinhos Verdes para fazer da sua refeição um momento inesquecível – como os melhores casamentos.
Rosado
Entre os diferentes estilos de vinhos rosados, os que estão mais próximos dos brancos levam vantagem por serem mais frescos e delicados. Muitos dos vinhos rosés da região de Vinhos Verdes levam a casta Espadeiro, Vinhão ou Touriga Nacional. Muitas vezes com coloração clara e frescor que se destaca, esses vinhos funcionam bem como aperitivo e combina com pratos vegetarianos. “Pense especialmente em legumes (uma ratatouille por exemplo) e não tenha medo de temperar com ervas frescas (salsa, tomilho e alecrim ressaltam a fruta delicada de muitos vinhos). Frutos do mar com sabor delicado e aves de carne branca também encontram afinidades com este rosé”, garante Miwa.
Sugestão de rótulo: Arca Nova Rosé (importado por Empório Luso em São Paulo).
Branco
Apesar dos vinhos brancos dessa região serem basicamente feitos a partir de três uvas (Loureiro, Avesso e Alvarinho) que possuem expressões de aromas e texturas bem diferentes, em comum muitos deles apresentam perfume e estrutura – principalmente os feitos com a última uva, que também traz complexidade a muitos rótulos. “Alguns dos brancos da região têm delicada untuosidade, ótima acidez e aromas intensos até o final. À mesa, este estilo de vinho cumpre bem a função de limpar a boca e é ótima companhia para ostras, sardinhas, saladas (pense numa Niçoise) e até queijos frescos”, indica o crítico.
Sugestão de rótulo: Quinta de Linhares Avesso (importado por Premium Wines).
Sobremesa
Pouca gente sabe, mas a região também produz ótimos espumantes e vinhos de sobremesa. Embora raros – alguns são produzidos em baixíssima escala – são feitos com as castas mais comuns em Vinhos Verdes (Loureiro e Alvarinho) colhidas bem maduras e secas por algumas semanas: a desidratação das uvas acaba concentrando os açúcares. “O resultado final são vinhos doces muitas vezes com aromas que vão do limão e laranja cristalizada até mel. A boa acidez das castas ajuda a equilibrar a bebida, “cortando” a doçura. O vinho pode substituir a sobremesa ou acompanhar sobremesas feitas com suspiro e frutas (pavlova, por exemplo). Aqui é melhor evitar o chocolate, que ofuscaria a complexidade do vinho”, diz. O espumante é uma excelente alternativa uma vez que mantém o perfil dos Vinhos Verdes, sendo reforçadas as características de frecor aromática, associada a uma maior complexidade gustativa, devida à segunda fermentação em garrafa.
Sugestão de rótulo: Espumante QM Alvarinho Reserva Bruto (importado por Grupo Pão de Açúcar).

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