DANÇA

As múltiplas faces de Frida Kahlo em forma de balé no Teatro Arthur Azevedo

Espetáculo encena no palco a vida da artista mexicana que ganhou reconhecimento internacional por conta de suas obras e seu posicionamento diante das dificuldades da vida

Reprodução

Uma mulher de múltiplas vertentes. Assim pode ser definida a personalidade da pintora mexicana Frida Kahlo, considerada uma das melhores artistas do século XX. Intensa. Visceral. Passional. Frágil. Debilitada e outros adjetivos também podem ser usados descrevê-la. E é a história dessa mulher que não teve medo de enfrentar o seu destino, que será encenada, no espetáculo Balé Frida, às 20h nos dias 13 e 14 de abril no Teatro Arthur Azevedo, na Rua do Sol, Centro, S/N. Os Ingressos com preço único R$40 (inteira) e R$ 20 (meia), estão disponíveis no Ateliê Academia de Dança – Av.1, n.30, no bairro do Vinhais.

Frida ficou conhecida mundialmente não só por suas telas coloridas como pela verdade que carregava em suas palavras. Seu rosto e pensamentos atribuídas, a ela como: “Se eu pudesse lhe dar alguma coisa na vida, eu daria a capacidade de ver a si mesmo através dos meus olhos. Só então você perceberia como é especial para mim”. Ou ainda: “Onde não puder amar, não se demore”, que estampam T-shirts, bottons, quadros e outros objetos que a tornaram um ícone da indústria mundial.

Com coreografia de Rafael Gomes, direção geral de Silvana Noely e trilha de Luan Fernandes, os bailarinos do Ateliê Contemporâneo convidam o público a imergir num universo de cores e sons únicos, sobrecarregado de visceralidade e verdade – onde todas as “Fridas” dançam numa ode à personalidade impactante da mulher que não se submeteu às expectativas de ser comum.  Atualmente com um elenco de 14 bailarinos, o Ateliê Contemporâneo é uma companhia de dança contemporânea maranhense que nasceu em 2015, e tem como marca de seus espetáculos temas que envolvem aspectos sociais extremamente relevantes aos palcos trazendo pra além de aspectos estéticos. Com uma reflexão crítica e uma sensibilização acerca de diversas temáticas que nos atravessam cotidianamente como aconteceram nos últimos trabalhos da Companhia: Clichê (2016) e Feminicídio (2017). “Neste balé, todo o prisma sobre Frida, esta artista impossível de se resumir a adjetivos, é trabalhado. Ela jamais teve medo de expor sua forma de viver e amar: usava cores, inventava verbos e usufruía de todas as ferramentas sinestésicas para conseguir dar conta de tudo que sentia”, resume Silvana Noely, que assina a direção-geral do espetáculo.

Silvana Noely ressalta que Frida também foi uma mulher dependente em alguns aspectos e livre em tantos outros, e que o Balé Frida enreda paradoxos que propõe a todos a pensar sobre as amarras às quais nos prendemos e nos desafia acerca de muitos limites: os impostos pelos outros e aqueles que impomos a nós mesmos. Noely acrescenta que é um espetáculo que foi feito para provocar uma reflexão sobre o que somos, quem somos nós, o que nos representamos para nós e para os outros.

A diretora do espetáculo explica ainda que a proposta do Ateliê é inovadora não somente em suas temáticas, mas também  quanto à questão técnica, levando uma nova perspectiva e linguagem dentro da compreensão do que tem sido produzido em dança contemporânea no Brasil e no mundo ao grande público, preparando também por aspectos cruciais como a pesquisa: tanto para reinventar os corpos para contar uma nova história quanto para trazer veracidade ao que é proposto, prendendo o espectador à unicidade, sincronia e sintonia do elenco vista durante os espetáculos.

SOBRE FRIDA KAHLO

O reconhecimento da obra de Frida Kahlo veio ainda em vida e, depois de sua morte, ganhou ainda mais destaque, tornando-a um ícone pela sua forma ímpar de se expressar. Nascida em 1907 no México, Frida vivenciou episódios que deixaram marcas significativas em seu corpo. Quando criança sofreu de poliomielite, o que a obrigou a ficar nove meses acamada e deixou sequelas na perna direita. Aos dezoito, sofreu um acidente que quase a levou à morte – e a pintura se tornou uma forma de sobreviver e ilustrar a própria realidade, onde em cada quadro se tem um novo olhar e uma nova faceta a ser explorada.

 

SERVIÇO

O quê? Balé Frida

Quando? Dias 13 e 14 de abril, a partir das 20h

Onde? No Teatro Arthur Azevedo, Rua do Sol, S/N, Centro

Quanto? Ingressos: R$ 40 (inteira) | R$ 20 (meia), disponíveis no Ateliê Academia de

Dança – Av.1, n.30, bairro do Vinhais.

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