ENTREVISTA EXCLUSIVA

Procuramos a Federação Espírita do Maranhão para entender melhor o caso João de Deus

O Imparcial conversa com presidente e diretor da Femar sobre a prática do médium, os supostos abusos sexuais e suas consequências para ele, as vítimas e o espiritismo

À esquerda, Fabio de Carvalho, e ao seu lado, Osmir Freire, presidente da Femar (Alan Azevedo / O Imparcial)

Todos nós erramos

Todos nós temos crimes inconfessáveis do passado. Imaginemos que nós já tenhamos passado pela Igreja Medieval. Que crimes inconfessáveis nós temos a conta de bispos e padres? Que crimes nós temos à pena e à condição de soldados marchando ao lado de Hitler? Esse parece ser, em nossa sociedade, um crime inconfessável. Mas amanhã ele estará em outra encarnação, mergulhado em uma personalidade diferente protegida pelo esquecimento das encarnações que ficaram para trás.

Mas no fundo da consciência, existe o erro. E uma necessidade da reparação desse erro. De compreensão de que as dores que ele vai enfrentar são as expiações resultantes de seus atos e elas todas já são oriundas de um arrependimento que começa a se dar no mundo espiritual, onde ele se deparará com os próprios atos praticados, com os próprios erros no tribunal de sua própria consciência.

E médium e o cidadão

É importante separar o João de Deus médium e o João de Deus cidadão. É como em qualquer profissão: temos o compromisso de sermos moralmente corretos, sejamos médiuns ou não. Todo profissional tem sua moral testada. E todos temos falhas. Por isso precisamos estar constantemente vigiando nossos pensamentos. Por mais que pensemos que estamos sozinhos, Deus sempre testemunha nossos atos, assim como os espíritos. É de dentro que sai, como diria Jesus, toda a luxúria, vaidade, adultério, mentira.

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