ESCOLA PÚBLICA

Estudantes maranhenses criam biodigestor para reduzir descarte de resíduos

O projeto criado pelos alunos do Centro Educa Mais Dom Ungarelli é finalista na competição nacional STEM Brasil.

Alunos separando resíduos para o processo de produção de biogás e biofertilizante. (Foto: Divulgação)

Incentivados a colocarem em prática os conhecimentos sobre ciência e inovação, estudantes do Centro Educa Mais Dom Ungarelli, escola de Ensino Médio Integral em Pinheiro, criaram o projeto Biodigestão Magnética.

O objetivo do trabalho é minimizar o descarte de resíduos sólidos produzidos no meio ambiente, reutilizando esses insumos para a produção de biogás e biofertilizante dentro do ambiente escolar. A iniciativa dos jovens, que já conquistaram o prêmio Samsung “Solve For Tomorrow” em 2022 com a horta magnética, agora concorre à premiação na Feira STEM Brasil 2023, um evento virtual ao vivo de premiação que será realizado no dia 30 de novembro.

Segundo o professor de Química, Gerry Matos, a proposta busca valorizar a sustentabilidade, com o uso de fontes de energia limpa e renovável, além de se basear nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

A ideia do projeto surgiu quando observamos a realidade dos descartes de resíduos da escola e pensamos em uma forma que pudéssemos colaborar. Então, elaboramos uma eletiva sobre tecnologia e pesquisa científica junto com os alunos. A partir dela, construímos um mecanismo eletromagnético para acelerar o processo de decomposição de matérias orgânicas que iriam para o lixo, como cascas de bananas, cascas de ovos, restos de verduras, legumes, frutas, etc.”, explica Gerry.

Processo de produção de biogás e biofertilizante. (Foto: Divulgação)

Toda a matéria degradada foi transferida para um biodigestor confeccionado pelos próprios estudantes e como resultado, houve a geração de biogás, que agora será produzido de forma mais significativa para que possa ser utilizado na cozinha da escola.

Em média, por mês, utilizamos mais de nove botijões de gás na escola, a um custo mensal de mais de mil reais. Nossa intenção, junto aos alunos, é ajudar a minimizar esse impacto financeiro, sem deixar de lado a preocupação com o meio ambiente“, afirma Itacirene dos Santos, professora de Geografia e orientadora do trabalho.

Aprendizado na prática e protagonismo juvenil

Inspirado em ferramentas pedagógicas diversificadas do Ensino Médio Integral, como aprendizado na prática, protagonismo juvenil, orientação de estudos e tutoria, o projeto tem despertado nos jovens o interesse pela iniciação científica.

Segundo a professora Itacirene, os discentes estão cada vez mais motivados, participando ativamente de atividades promovidas pela escola. “Os estudantes são os verdadeiros protagonistas de todo o processo. Inicialmente, fizeram pesquisa em artigos, em seguida começaram os experimentos e o monitoramento dos resultados. Tudo realizado por eles, com a nossa supervisão”, relata.

Brenda Gabriely é uma das alunas que integram o Biodigestão Magnética e reforça que, estimulada pelo modelo de ensino, pelos professores e pela escola, tem adquirido aprendizados fundamentais para a sua formação.

Quantas vezes comemos algo e descartamos os resíduos por achar que não podemos fazer nada com ele? Mas quando aprendemos a olhar de forma crítica para as formas de descartes, principalmente dos resíduos alimentares, por meio de projetos como esse, vemos que há possibilidades de reaproveitarmos e nos beneficiarmos com isso“, pontua.

* Com informações da Assessoria

Quer receber as notícias da sua cidade, do Maranhão, Brasil e Mundo na palma da sua mão? Clique AQUI para acessar o Grupo de Notícias do O Imparcial e fique por dentro de tudo!

Siga nossas redes, comente e compartilhe nossos conteúdos:

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Mais Notícias