AMEAÇAS DE ATENTADO

Medo se instala em escolas e creches do Maranhão

Adolescentes são apreendidos por suspeitas de ameaçar realizar massacre em escola de Ribamar. Já em Igarapé do Meio, homem invade creche e deixa rastro de pânico.

“Vocês acham que é brincadeira, mas não é", diz postagem anônima em rede social. (Foto: Divulgação)

De acordo com a Prefeitura de São José de Ribamar, a Polícia Civil está trabalhando na investigação de uma ameaça de massacre em 6 escolas ribamarenses. As informações, compartilhadas na noite de domingo nas redes sociais, fizeram a Secretaria Municipal de Educação suspender as aulas por dois dias, a partir de ontem (10).

As ameaças foram postadas nas redes sociais por uma pessoa que se apresentou como aluno da 8ª série da Escola Municipal Raimundo Rocha Legal Júnior. O suposto aluno fez postagens no Instagram portando arma de fogo e usando máscara de personagem de terror, e em uma outra publicação, ameaçou realizar um massacre nas escolas JP 2, Leonel Brizola, Raimundo Rocha Leal Jr, Floriano, Eugênio Barros e Miritiua.

“Vocês acham que é brincadeira, mas não é. Dia 20 escolas que vão ter massacre: JP2, Leonel Brizola, escola Raimundo Rocha Leal Jr, Floriano, Eugênio barros, Miritiua”, dizia uma postagem.

Ainda na noite de domingo, a Secretaria de Educação de São José de Ribamar anunciou a suspensão das aulas em toda a rede municipal de ensino, por dois dias. “Em função de notícias sobre ameaça de vandalismo em escolas de nosso município, avisamos que as aulas estarão suspensas por dois dias. Durante esse período, o Comitê Gestor de Segurança fará importante reunião com os (as) gestores (as) para elaboração de protocolo preventivo e educativo a ser utilizado por todas as escolas. Finalidade: garantir a segurança de todos (as) nos ambientes escolares”, diz a nota elaborada pela Secretaria Municipal de Educação.

Professoras e funcionários das escolas citadas estão em pânico com a situação. A docente M.J.C, que não quis se identificar, disse que isso precisar parar, para que estudantes de professores possam ter paz. “Quando estou na escola fico sobressaltada, não se trabalha direito. E no meu caso, qualquer barulho que eu ouço, me espanta. Escola é para ser lugar de paz. Espero que as providências sejam tomadas”, disse.

Outra professora disse que recebeu com temor o aviso no grupo da escola. “Brincadeira ou não, o certo é que temos que ter segurança para trabalhar, e as crianças paz para estudar. Algo precisa ser feito”, disse a docente.

Homem preso após invasão em Igarapé do Meio

Ontem (10) pela manhã, outro perfil no Instagram ameaçou massacre em uma escola no bairro Maiobão. Na postagem, a ocorrência seria em 13 de abril. Logo em seguida o perfil foi retirado da plataforma.

Na cidade de Igarapé do Meio, um vídeo publicado em uma rede social mostrava que um homem teria invadido a creche Dinorá Lima Silva, com uma mochila nas costas. O suspeito foi preso durante a tarde. Vários policiais, mesmo de folga, se reuniram para ir em busca do suspeito, que é considerado um andarilho e estava escondido embaixo de uma ponte. Os policiais encontraram várias roupas, panelas e alimentos no local, o que mostra que ele estava utilizando a estrutura de edificação da ponte como moradia.

O fato

De acordo com informações o homem, ao entrar na creche, foi direto a uma das salas, ameaçando crianças. Houve pânico e gritaria até a chegada de um vigilante da creche. Foi quando o suspeito fugiu por uma área de matagal próximo à escola. A Polícia Militar foi acionada e iniciou as buscas.

No Maranhão, alguns episódios recentes foram registrados de possíveis ataques em escolas, motivados por discurso de ódio nas redes. Em São Luís, além do Colégio Literato, na UEB Rubem Teixeira Goulart, um adolescente tinha planos de praticar massacre contra colegas. Ambos os casos foram contidos em tempo hábil pelas ações das polícias Militar e Civil.

O governador Carlos Brandão anunciou, no último dia 6, que adotará medidas preventivas para conter a onda de violência em escolas e creches, que o Brasil vivencia nos últimos meses.

Brandão assegurou abrir diálogo com a comunidade escolar e avaliar quais medidas podem ser tomadas para que casos como esse não aconteçam no Maranhão.

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