JUSTIÇA

Ministério Público requer normalização de merenda escolar em Alcântara

Ação Civil Pública foi motivada por denúncia apresentada por vereadora do município, relatando falta de distribuição da merenda nas escolas da rede de ensino de Alcântara.

O MPMA solicitou informações à Secretaria Municipal de Educação sobre a razão da falta de transporte para os estudantes do povoado. (Foto: Divulgação)

O Ministério Público do Maranhão (MPMA) solicitou, em Ação Civil Pública, ajuizada em 9 de setembro, que a Prefeitura de Alcântara, por meio da Secretaria de Educação, regularize, em 72 horas, o fornecimento de alimentação escolar nas unidades da rede municipal.

Na manifestação, o promotor de justiça Raimundo Nonato Leite Filho também requer apresentação do relatório dos recursos recebidos pelo Município para aquisição de merenda escolar e respectivo uso destes durante o ano de 2022.

A ACP foi motivada por denúncia apresentada em 25 de agosto, por uma vereadora do município, relatando falta de distribuição da merenda nas unidades da rede de ensino de Alcântara.

O assunto foi discutido, em 1º de setembro, em reunião convocada pelo representante do MPMA com a participação da secretária municipal de Educação, Cleonice Lisboa, do coordenador pedagógico, Ewerton Fraga, e do assessor jurídico da Secretaria Municipal de Planejamento, Benner Martins.

Durante o encontro, a titular da pasta de Educação confirmou a denúncia e afirmou que o fornecimento seria normalizado até o dia 6 de setembro. Entretanto, o problema persiste.

“Segundo a Constituição, são indissociáveis da dignidade humana o acesso ao direito à educação, às unidades escolares, ao transporte adequado dos alunos e ao fornecimento de alimentação aos estudantes de baixa renda. Muitos deles têm na merenda escolar principal ou única refeição do dia”, enfatiza o promotor de justiça.

Ainda de acordo com ele, o Município tem em caixa recursos necessários para garantir aos alunos o direito fundamental à segurança alimentar. Para o membro do MPMA, a justificativa relacionada à ausência de recursos financeiros não pode servir de obstáculo à aquisição e distribuição emergenciais de alimentos aos alunos.

Na visão do Ministério Público, deve ser garantida a continuidade da distribuição da alimentação escolar para todos os alunos da rede municipal de ensino de Alcântara, visto que é um direito que tem como princípios o acesso igualitário e universal.

“O Município recebe verbas federais para isto com base no número de alunos matriculados, além de possuir recursos próprios para esta finalidade”, reforça Leite Filho.

O descumprimento dos pedidos está sujeito ao pagamento de multa diária de R$ 10 mil.

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