410 ANOS

Centro Histórico sob o olhar de quem é de fora

Reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial, o centro de São Luís é alvo do interesse de turistas devido à sua conservação histórica.

O grupo de crianças e adolescentes fará um passeio pelo Centro Histórico de São Luís . (Foto: Sarah Ferreira)

Azulejos, casarões antigos, pedras, fontes, arquitetura portuguesa, todos esses elementos já conhecidos pelos ludovicenses contam a história de São Luís, podendo ser encontrados a céu aberto no centro da cidade.

Em breve, a linda tela cantada no clássico hino de Carlinho Veloz, “Ilha Bela”, completará 410 anos, que carregam consigo os momentos vividos pelos nativos desta terra, pelos novos habitantes e pelos efêmeros visitantes da cidade.

Grandes casarões históricos da ilha. (Foto: Isys Basola)

O Centro Histórico é o clichê de uma “viagem no tempo”. Para os residentes do local, pode até passar quase despercebido devido ao cotidiano em movimento rápido da capital, mas certamente não deixa de conter uma beleza que nem mesmo o tempo consegue deixar apagada ou esquecida.

A médica Santilha Filha, moradora do Centro, conta como é estar sempre em contato com esse lado da cidade muito frequentado por turistas. “Sempre morei no Centro da nossa cidade, ao longo dos meus 62 anos, o meu fascínio por São Luís tem se mantido igual ao de quando eu era adolescente. Por incrível que pareça, nos meus poucos momentos de folga, eu gosto de descer a Rua do Sol para alcançar a Praça João Lisboa e admirar seus casarões enormes, lindos, imponentes”, conclui a ludovicense

Devido à riqueza cultural e histórica existente no Centro Histórico, a capital foi tombada pelo IPHAN em 1974 e inscrita como Patrimônio Mundial em 6 de dezembro de 1997. Por isso, pessoas procuram São Luís para um passeio de resgate memorial.

E como parte indispensável da visita, esse cartão postal da Ilha abriga diversos encantos que apaixonam os turistas no primeiro contato com a sensação atemporal causada pelas ruas e calçadas de pedras de cantarias, pelos azulejos que enfeitam os antigos casarões e até mesmo pelas manifestações artísticas de começo repentino em alguns espaços da Praia Grande.

São Luís: Atenas Brasileira ou Ilha do Amor

Entre o público temporário, podemos encontrar vários tipos diferentes de pessoas, vindas de diversas localidades, mas que buscam conhecer mais a cidade e sua fama que vai de Atenas Brasileira à Ilha do Amor.

O casal de viajantes, Tainá Baldez, de 29 anos, e Thiago Conceição, de 34 anos, esteve recentemente na cidade em razão do projeto pessoal de viajar por todo o Brasil em uma Kombi. Tainá já conhecia o Maranhão, como sua bisavó é natural de São José de Ribamar, a brasiliense havia feito uma visita ao estado há alguns anos, mas esta é a primeira vez de Thiago em solo maranhense.

Tainá Baldez, turista de Brasília. (Foto: Arquivo Pessoal)

Para a atriz e viajante brasiliense, São Luís fez uma excelente recepção para ela e o companheiro, que decidiram morar na kombi durante o percurso das viagens e conseguiram um bom espaço para acomodação, assim, conseguiram visitar e aproveitar os principais pontos turísticos. “O que eu mais gostei no Centro Histórico foi o tambor de crioula”, indicou Tainá.

Thiago Conceição, em sua primeira vez no Maranhão. (Foto: Arquivo Pessoal)

Já Thiago, diretor de vídeo natural da Cidade de Deus – RJ, relatou que a experiência, após chegarem de um passeio nos Lençóis Maranhenses, “foi igualmente surpreendente, o centro histórico de São Luís é repleto de azulejos e prédios centenários que ajudam a contar a história local”. E completou se referindo saudosamente à cidade.

“São Luís é uma capital que ganhou espaço em nossos corações, sem dúvidas queremos voltar, a Ilha do Amor já deixou saudades”. No Instagram do casal, @estradapraquetequero, eles contam mais sobre cada cantinho por onde passaram desde que decidiram morar na Kombi Penélope.

Durante a estadia de apenas um dia em São Luís, em busca de um passeio rápido e proveitoso, a carioca Tamiris Rodrigues, de 28 anos, decidiu conhecer o lado histórico da capital maranhense.

Em suas palavras, quando questionada sobre a coisa mais marcante do Centro Histórico, falou sobre a nostalgia que o lugar lhe proporcionou. “O estilo das ruas, parece que nada mudou desde quando foi construída. Além disso, eu adorei a praça que tinha uma galera gingando capoeira (Praça do Reggae) e a praça com as lojinhas (Pedro II)”, informou a turista.

A bela arquitetura da cidade, conhecida como museu a céu aberto, é palco de inúmeras descobertas diárias de pessoas que frequentam o local. Entre tantos personagens que passaram pela experiência singular de trilhar por um pequeno fragmento do Brasil colonial, estas foram apenas algumas impressões colhidas.

Se no caso de residentes da Ilha, os azulejos, casarões antigos, pedras, fontes, arquitetura portuguesa, não perderam a majestosidade nem com o tempo nem com a perda de interesse, para quem acaba de ter o primeiro contato com o Centro Histórico, sentir e ver pela primeira vez a parte antiga da cidade de quase 410 anos é a sensação que traz o anseio de retornar a São Luís para viver novamente a experiência.

Projeto Reviver. (Foto: Camilla Rodrigues)
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