CASO MARIANA

Lucas Porto volta atrás e nega ter matado Mariana Costa

Em audiência realizada nesta quinta-feira, a última testemunha do caso foi ouvida. Lucas Porto também falou ao juiz, que decidiu que o acusado irá a júri popular

O empresário Lucas Porto, preso pelo estupro e feminicídio da ex-cunhada Mariana Costa, sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney, voltou atrás e negou ter cometido os crimes, durante audiência realizada no Tribunal de Justiça do Maranhão nesta quarta-feira, 25. Na ocasião, o juiz José Ribamar Heluy Júnior, titular da 4ª Vara do Tribunal do Juri, decidiu que o acusado irá a júri popular. A defesa de Lucas Porto poderá recorrer à decisão no TJ.

Porto falou hoje pela primeira vez ao juiz. Limitou-se a responder apenas às perguntas da defesa e aos questionamentos iniciais feitos pelo juiz, negando os crimes contra a ex-cunhada. Ao ser perguntado se é verídica a acusação do estupro e feminicídio de Mariana, disse que não, e que “irá se defender em momento oportuno”. “Eu tenho todo o interesse de que o fato seja esclarecido”, disse o acusado em tom tranquilo e de forma compassada. Lucas também negou ter confessado o crime em depoimento prestado à polícia na mesma semana em que a vítima foi morta, e chegou a informar, na ocasião, que era motivado pela não correspondência dos “sentimentos incestuosos” por parte da cunhada.

Ainda na audiência de hoje, a última testemunha foi ouvida pelo juiz José Ribamar Heluy Júnior. Trata-se de um médico do hospital em que Mariana foi atendida, já em estado de rigidez cadavérica. Os advogados de defesa solicitaram, ainda, que outras duas testemunhas (uma enfermeira e um psicólogo) fossem ouvidas no caso, o que foi indeferido pelo juiz. Também foi negado que o prontuário médico completo da vítima referente ao ano de 2016 fosse integrado ao processo.

De acordo com a família de Mariana e a acusação, o processo tem sido protelado por conta de diversos pedidos de habeas corpus e exames de sanidade mental do acusado, feitos pela defesa. “A gente tem um assassino confesso, e a gente tem a expectativa que ele seja julgado conforme as leis”, disse Juliana Costa, irmã da vítima.

“Antes desse crime a gente não tinha nenhum problema de relação, era uma família dentro dos padrões, todo mundo vivia super bem, nunca existiu nenhum tipo de suspeita. Então não existe motivação do crime, existe uma vítima que teve a vida ceifada e uma assassino confesso, e ele precisa pagar pelo que ele fez”, complementou Juliana.

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