TATTOOS

Tatuadoras ignoram preconceito e conquistam mercado

Profissionais seguem conquistando clientes com desenhos cada vez mais ousados

Modas vêm e vão, mas a tatuagem conseguiu se manter ao longo dos anos com um público fiel e segue conquistando novos adeptos. O que antes era visto com preconceito, hoje já é mais aceito pela sociedade e virou sinônimo de estilo e uma forma de expressão. Além da popularização da tatuagem, entre os profissionais da área, maioria homens, também cresce a escolha por mulheres tatuadoras. Em São Luís, já existem várias profissionais nos estúdios de tatuagens, dando um toque de sensibilidade ao trabalho diferenciando. As tatuadoras Vivi Moonchild, 27, e Chris Barros, 28, trabalham juntas no Vizu Tattoo Studio e contam que sempre foram envolvidas com arte e desenho antes de ter o primeiro contado com as tatuagens. Ambas confessam que no início da profissão sentiram preconceito por serem tatuadoras, e, como consequência, a dificuldade em encontrar clientes e divulgar seus trabalhos.
Conquistando o mercado
Chris Barros fez as primeiras tatuagens aos 14 anos, e conta que o preconceito iniciou dentro de casa. “Eu recebia muita crítica da minha família, que dizia que essa não era uma profissão decente, muito menos para uma menina. Dizia que era coisa de marginal”, completa a tatuadora.
Chris Barros
Tatuadora há quatro anos e aproveitando a alta na procura pelas “tattoos”, Vivi Moonchild passou por situação semelhante, por ser mulher e iniciante. “Alguns clientes chegavam pra mim e perguntavam onde estava o tatuador ou perguntavam se eu tatuava por causa do meu marido, mesmo sem ser casada”.
Chris enfatiza que as mulheres na profissão já conquistaram um espaço e respeito também do público masculino. “No início era pior, mas hoje em dia não temos sentido tanto preconceito por parte dos homens. Eles reconhecem o conhecimento e experiência que adquirimos. O que os clientes buscam mesmo é a qualidade do profissional”, finaliza.
O que no início era preconceito, com o passar dos tempos foi se transformando em confiança. Vivi conta que se tornou até um diferencial, pois começou a ser procurada por outras mulheres. Elas estão se tatuando mais que os homens. Com tatuadoras, as mulheres têm mais segurança em fazer os desenhos em locais mais escondidos do corpo. “Hoje em dia muitas mulheres nos procuram por sentirem mais confiança e conforto por serem tatuadas por uma mulher. Com a expansão e aceitação cada vez maior da tatuagem, a busca geralmente é por desenhos em locais mais expostos, mas ainda há uma demanda por tattoos em locais mais escondidos. Nesses casos, a preferência por se tatuar com uma mulher é maior”, pontua Moonchild.
 Vivi Moonchild
Além do conforto, da mão mais leve causar menos dor e de terem mais liberdade durante as sessões, o número de clientes só aumenta. As profissionais estão sendo cada vez mais procuradas por uma questão de estilo. Segundo Vivi Moonchild, há uma grande busca das mulheres por traços mais finos e delicados e um trabalho mais detalhista. Os homens também não ficam de fora.
Sendo homem ou mulher, o ideal é pesquisar o máximo possível antes de fazer uma tatuagem. O desenho deve ser pensado com cuidado e a escolha do tatuador deve levar em consideração, não apenas a técnica, mas também a higiene do local e dos equipamentos de tatuagem, já que várias doenças podem ser transmitidas pelo uso de equipamentos inadequados e mal esterilizados.
Para quem quer remover tatuagem, mesmo com o avanço das técnicas de remoção, os procedimentos ainda são muito caros e não removem algumas tatuagens completamente. Uma segunda opção é cobrir com outro desenho, mas, em alguns casos, isso não é possível.
“Assim como nos preocupamos em escolher um bom médico, é importante escolher um bom tatuador e que respeita as regras de higiene e segurança. O talento é apenas uma parte da escolha”, finaliza Vivi Moonchild.
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