DIA DOS PAIS

Promoções é um incentivo para a data

De acordo com levantamento realizado pela Fecomércio do Maranhão, 60,1% dos consumidores ludovicenses pretendem comprar algum produto para presentear em função da data

Historicamente, o Dia dos Pais não é o período de maior movimento do comércio. Culturalmente, os filhos gastam menos, ou chegam a não dar presentes aos pais que muitas vezes se contentam com meias e gravatas. Com o período de desaquecimento do comércio, por conta da crise econômica, o presente deste ano corre o risco de ficar só na vontade. Os filhos dedicados já buscam opções alternativas para agradar os pais e não deixar a data passar em branco.
De acordo com levantamento realizado pela Federação do Comércio do Maranhão (Fecomércio), 60,1% dos consumidores ludovicenses pretendem comprar algum produto para presentear em função da data, enquanto 34,5% não irão comprar nenhum produto e 5,4% não sabem ou não responderam. Se comparado ao mesmo período no ano passado, , os dados indicam uma tímida melhora nas vendas este ano, com alta de 0,84% nas intenções de compras e uma redução de 6,5% dos consumidores que estão entre os que não pretendem realizar compras nesse período.
Porém, os pais devem esperar que o presente seja mais simbólico do que grandioso, já que a pesquisa de intenção de compras revelou uma redução de 10,2% no valor médio da compra e de 13,8% no valor médio do presente em relação ao ano passado, a média que promoções e facilidades de pagamento incentivam àqueles que querem dar algum presente. Maioria revela disposição para as compras.
O consumidor pretende gastar este ano foi calculado em R$ 144 enquanto a média do valor total da compra, considerando os gastos com a comemoração e aqueles que irão comprar mais de um produto para presentear, foi calculado em R$ 176.
Os consumidores ludovicenses revelam estar mais dispostos a ir às compras do que no ano passado, mas com o controle maior do orçamento, segundo a Fecomércio, entre os consumidores com intenção de consumo, 81,7% apresentaram interesse em adquirir apenas um produto e 15,2% dos entrevistados demonstraram interesse em comprar até dois produtos, uma pequena margem (3,2%) indicou a compra de três ou mais produtos. Em relação a 2015, constatou-se a redução de 4,4% de intenção de compra de apenas um produto e aumento de 20,6% para aqueles que desejam comprar dois produtos.
Principais locais de compra
Dos consumidores que irão às compras neste período, 50,6% definem as lojas de shopping centers como as preferidas, seguido das lojas do Centro comercial com 33%, lojas de ruas/bairros/galerias com 13,7%, supermercados ou hipermercados com 2,7%, lojas de departamentos com 1,3%, internet com 1%, catálogo com 1% e comércio informal no centro (camelôs) com 0,3% da preferência do consumidor.
Orlando Dutra, que é motorista e também pai, diz que a segurança oferecida pelos shoppings é o principal motivo de levar os compradores a esses locais, além disso, é possível encontrar produtos baratos e de qualidade. Ele diz também que como pai não prioriza presentes caros e sabe que o período é de economizar. “Eu fico feliz com qualquer coisa. Acho que os filhos devem economizar e está difícil de baixar muito os preços, a não ser uma oferta relâmpago nos últimos dias”, acredita Orlando.
Na espera
A estudante Tainara Amorim conta que vai esperar até os últimos dias para tentar comprar um presente mais em conta para o pai. “A preferencia é pelo produto mais barato, e de preferência promoções” ressalta Tainara. Ela diz ainda que o vestuário ainda é a melhor opção de presentes, pois sempre agrada.
A pesquisa divulgou que entre os produtos preferidos dos consumidores da capital o campeão é o vestuário com 52,8% de intenção de consumo, seguido por itens de perfumaria com 20,3%. Os dois tipos de produtos registraram, respectivamente, aumentos de 4,14% e 49,3% nas intenções de compra em relação ao ano passado. Outros produtos que também devem estar entre a escolha dos filhos são os calçados com 12,9%; relógios com 9,6%; materiais esportivos com 2,7%; celulares com 2,4%; e livros com 1,4% de intenções de compra.
A auxiliar financeira de uma loja de perfumaria em um shopping da capital, Joyciele Almeida, diz que já observa uma mudança de vendas desde a última semana e, segundo ela, a esperança é que a última semana antes do dia dos pais seja decisiva para esse crescimento. “Sobre a intenção dos clientes, é muito relativo, alguns já vêm com a decisão sobre o valor que vão gastar e outros ainda estão indecisos, depende do perfil dos pais também, mas estamos apostando nas promoções para vender bem”, afirmou Joyciele.
Especialistas em consumo acreditam que o consumidor brasileiro está mais controlado em relação às compras por estar mais atento àa consequência resultante do momento de inflação e sua maior influência sobre os preços.
Pagamento
Segundo a pesquisa da Fecomércio, os consumidores continuam preferindo pagar as compras à vista com dinheiro, registrando 52% da indicação entre os entrevistados, já 39,3% optaram pelo uso do cartão de crédito e 14,5% escolheram o cartão de débito. Apenas 0,1% optaram pelo uso de carnês/crediário como modalidade preferencial de pagamento. Em relação ao ano passado, a preferência pelo pagamento à vista, com dinheiro, reduziu 4,41% e a escolha pelo cartão de débito recuou 9,4%, enquanto a tendência pelo uso do cartão de crédito subiu 14,2%.
A vendedora Idália Dias afirma que desde o começo do ano percebeu que os consumidores estão comprando mais, indo contra o período de crise e que para o Dia dos Pais espera que mesmo que já estejam indo às compras com um valor determinado para gastar.
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