Tal pai, tal filho

Pais inspiram os filhos na escolha da profissão

Filhos se espelham nos pais e seguem seus passos nas mesmas profissões

Imagine ter um pai que já foi um grande herói e hoje está com sua carreira falida. Mas você sabe que tem super poderes e que pode ajudar seu pai em uma grande missão, seguindo seus passos. É basicamente isso que acontece na animação Os Incríveis, de 2004, onde Flecha e Violeta Pêra ajudam seu pai, Roberto Pêra, mais conhecido como Sr. Incrível, numa grande missão em uma ilha remota. Ou em Vovó… Zona 3: Tal Pai, Tal Filho, quando o filho, também agente da FBI como seu pai, tem que passar por situações inusitadas para cumprir uma missão.
Os super-heróis reais, o patrono, protetor e defensor; o homem que criou e cuida, e que também serve de exemplo. Essas são algumas características dadas para o pai, por pessoas que seguiram seus conselhos e ensinamentos e, que nos dias de hoje, exercem a mesma profissão que os seus “espelhos” seguem.
Engenheiro
Rachid Maluf, engenheiro de 26 anos, não herdou apenas a profissão do seu pai, como também o nome e alguns livros da Universidade. Ele acompanhava seu pai, Rachid Maluf Neto, que já trabalha no ramo da Engenharia Civil há mais de 30 anos, em vistorias na área civil e em projetos e isso mexeu com ele desde sua infância. “No ensino médio eu comecei a gostar de coisas que me levaram a iniciar Engenharia Elétrica. Mas como desde pequeno eu tive essa ligação com o trabalho do meu pai, eu senti que Civil era o que eu queria e logo mudei de curso”, conta Rachid.
O engenheiro revela que fez projetos com seu pai no período da faculdade, e ainda agradece “ainda bem que meu pai teve influência, pois sei que estou na profissão certa”.
Técnico em refrigeração
Rosinaldo Rocha e os filhos Lucas e Eduardo

A influência paterna não foi apenas o único motivo para Rosinaldo Rocha, de 40 anos, à exercer a profissão de técnico em refrigeração. “Eu comecei a trabalhar aos 12 anos, vendo o meu tio. Após isso, fiz curso técnico em uma fábrica em São Paulo e hoje, em minha oficina, tenho meus dois filhos trabalhando comigo”, narra o técnico. Lucas, estudante de 15 anos, e Eduardo, de 22 anos, se disponibilizaram por conta própria em ajudar o pai na sua oficina. “Eles mesmos se ofereceram para trabalhar comigo e creio que irão continuar a seguir a minha profissão”, finaliza. Rosinaldo hoje é dono de uma empresa técnica em refrigeração no Parque Timbira, e todos os seus serviços tem o acompanhamento de seus filhos como ajudantes.

Policial
Major Trinta e o filho Rurik Trinta

Rurik Trinta, de 22 anos, também conhecido como Cadete Ramos, viu seu pai ser policial desde que nasceu e acabou criando um desejo de seguir a mesma profissão. Seu pai, Major Trinta, de 48 anos, diz que sempre aconselhou Rurik em seguir outros caminhos, como medicina ou direito. “Eu não falava isso por não querer que ele fosse policial, mas sim pelos riscos que nós policiais sofremos na profissão. Mas hoje, ele recebe meu total apoio e meu incentivo para que ele continue os estudos”, conta.

Há 26 anos na profissão, Major Trinta, que também é bacharel em Direito, conta que admira a atitude que Rurik tem na profissão de apenas procurar ajuda se for em último caso. “Apesar do meu pai já ter seus 26 anos de carreira eu procuro sempre fazer o meu caminho, independente dele ser um militar. Claro que às vezes eu peço umas dicas, mas nada que me faça depender dele”, Rurik afirma. Segundo o Major, é importante que o Cadete tenha essa independência para se tornarem excelentes oficiais.
Assim como no famoso longa Vovó… Zona 3: Tal Pai, Tal Filho, na vida real alguns filhos escolheram seguir os mesmos caminhos dos pais. Seja um super-herói, como em Os Incríveis, ou um agente da FBI como em Vovó… Zona 3, na vida real os engenheiros, técnicos e policiais servem de exemplo real para o futuro dos filhos.
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