Em meio aos foliões espalhados pelos circuítos da folia era possível encontrar os ambulantes com as mais diversas mercadorias. Enquanto milhares de maranhenses aproveitaram os dias de Carnaval para se divertir, outros estavam trabalhando para garantir uma renda extra para a família. Porém a reclamação da maioria foi a baixa nas vendas.

Dona Maria José dos Santos,51 anos, moradora da Vila Palmeiras, todos os dias chegava a Madre Deus ás 9h da manhã para garantir um bom lugar onde iria colocar seus produtos. Ela descreveu que vende bebidas como conhaque, refrigerantes, cerveja, água entre outros, e também o churrasquinho,que segundo ela tem bastante saída. ” Todos os anos durante o Carnaval aproveito para ganhar uma renda extra. Na verdade começo a trabalhar desde o pré-carnaval. Mas este ano com a crise o movimento está devagar”, afirmou.

A ambulante contou que só vai embora quando a folia acaba, por volta de 2h e quase não sobra tempo para descansar, pois tem que levantar cedo para começar a arrumar tudo para mais um dia de trabalho.

Além das barracas de bebidas, comida era possível também encontrar barracas de artesanatos, ambulantes com balões, algodão doce, adereços para o Carnaval como tiaras, chapeús, espumas e até maizena. No Largo do Caroçudo, a ambulante, Edileusa Almeida, 39 anos e mãe de três filhos estava com seu tabuleiro montado com seus adereços. Os chapéus coloridos, as tiaras de oncinhas e as coroas de flores chamavam atenção dos foliões que passavam pelo local.

Segundo Edileusa Almeida, ela vende apenas no período do Carnaval para conseguir um extra, no dia a dia ela lava roupas pra fora para sustentar os filhos. Ela chega com seu tabuleiro meio dia e só vai embora ás 3h quando não há mais ninguém na rua. “É o segundo ano que venho para a Madre Deus para vender estes artigos, é uma forma de colocar mais dinheiro dentro de casa. Sou mãe solteira e tenho que me virar pra sustentar meus filhos”, finalizou.

Para o vendedor ambulante,João Batista a rotina é diferente ele é de Caxias, e sempre que tem festividades na capital ele vem com seu tabuleiro e seu itens. Seu João Batista estava na Praça da Alegria, porém afirmou que ele passa a noite subindo e descendo todo o circuito até a Passarela do Samba. Por fim, reclamou das vendas e disse que ano passado faturou muito mais com as vendas durante os dias de Carnaval.