COMÉRCIO

Fim de ano terá redução de 50% em vagas temporárias de emprego

Segundo a Fecomércio-MA, com as vendas de fim de ano serão abertas até 1.500 vagas temporárias, número 50% menor que o do ano anterior

Foto: Diego Chaves/OIMP/D.A Press.


Diego Chaves/OIMP/D.A Press

A menor oferta de vagas é atribuida à alta inflação, juros do cartão de crédito e nível de endividamento em São Luís oscilando em torno de 70%

O fim de ano é um período em que crescem as oportunidades de emprego. Uma vaga temporária, dependendo do desempenho do candidato, poderá se tornar efetiva. Porém, para este ano, as contratações devem sofrer baixa em relação ao ano passado, segundo prevê a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA).

O órgão aponta que serão abertas até 1.500 vagas temporárias com as vendas de fim de ano, número 50% menor que o do ano anterior. A instituição atribui a baixa à inflação chegando à casa de dois dígitos no acumulado dos últimos 12 meses, juros do cartão de crédito ultrapassando a barreira dos 400% e nível de endividamento em São Luís oscilando em torno de 70%, como fatores que prejudicaram o consumo este ano. “Com isso, muitos empresários amargaram prejuízos com grandes volumes de estoques que não tiveram saída, o que fez com que as perspectivas futuras para o final de ano também fossem mais pessimistas”, ressalta o presidente do órgão, José Arteiro.
Arteiro aponta ainda que, este ano, especificamente, os empresários do comércio deverão atrasar o máximo a contratação de novos empregados, deixando somente para novembro as chamadas. A previsão é de piora nos resultados até dezembro, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC-Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O levantamento aponta que, nove em cada 10 empresas do setor varejista e de serviços não pretendem contratar temporários neste período. Segundo a pesquisa, para os lojistas, a equipe de trabalho existente pode dar conta da venda extra que surgirá com o Natal e Ano Novo. Isso porque a previsão de vendas também é menor. Considerando o faturamento dos últimos três meses, este foi o pior desempenho do setor e a pesquisa apurou que esse fato se deve às mudanças na política e no cenário econômico, ao desemprego e à diminuição do poder de compra das famílias. O estudo aponta ainda para um aumento da inadimplência, devido à falta deste recurso extra no orçamento das famílias. Cenário diferente do que ocorreu em 2014, quando a inadimplência baixou 0,9% em dezembro.
“Quem aguarda por um trabalho vê nessa época chance real de ser inserido no mercado. Mas a situação econômica do país pode frear essa chance. Cabe ao candidato se preparar bem e começar a procurar pela sonhada vaga o quanto antes”, orienta o administrador e especializado em Consultoria de Empresas, Marcelo Vieira de Castro. Os segmentos que mais contratam são supermercados, decoração, vestuário, calçados e eletroeletrônicos. A temporada de contratações no varejo se estende até o mês de novembro e, em média, responde por 40% das vagas abertas ao longo do ano. Apesar da crise, a expectativa de efetivação de temporárias é estimada em um para cada oito contratados.
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