DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Energia eólica bate recorde e atende 89% da demanda do Nordeste

Atualmente, os ventos passaram a ser o segundo recurso mais utilizado no Brasil para a geração de energia elétrica

Reprodução

O Nordeste bateu um novo recorde de geração de energia eólica, um tipo de produção limpa e sustentável. De acordo com os novos dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), na última segunda-feira (26), o Subsistema Nordeste registrou média diária de 8.650 MWmed, com fator de capacidade de 74%, atendendo a 89% da demanda do Nordeste.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), a capacidade eólica atual instalada no Nordeste é de 11.723 MW.

Em 2011, o Brasil possuía apenas cerca de 1 GW de energia eólica instalado. Atualmente, os ventos passaram a ser o segundo recurso mais utilizado no Brasil para a geração de energia elétrica, já são 15GW instalados. São mais de 7 mil aerogeradores, em 601 parques eólicos, em 12 estados. Dos 15 GW de capacidade instalada, 86% estão no Nordeste.

O Piauí está consolidado como o quinto maior produtor de energia eólica do Brasil, com 60 parques e uma produção de 1.638,10 MW. O Maranhão está em oitavo lugar, e, mesmo com oito usinas, tem uma produção maior do que a Paraíba, que possui 15 usinas.

Além dos 15 GW de capacidade instalada, há outros 4,6 GW já contratados ou em construção, o que significa que, ao final de 2023, serão pelo menos 19,7 GW considerando apenas contratos já viabilizados em leilões e com outorgas do mercado livre publicadas e contratos assinados até agora. Novos leilões e novos contratos no mercado devem aumentar consideravelmente os números projetados.

Um dos fatores que mais contribuiu para o salto que o Brasil deu na geração de energia eólica é a qualidade dos ventos do país. Enquanto a média mundial do fator de capacidade está em cerca de 25%, o fator de capacidade médio brasileiro em 2018 foi de 42%, sendo que, no Nordeste, durante a temporada de safra dos ventos, que vai de junho a novembro, é bastante comum parques atingirem fatores de capacidade que passam dos 80%. Isso faz com que a produção dos aerogeradores instalados em solo brasileiro seja muito maior que os de outros Países.

Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em 2018, foram gerados 48,4 TWh de energia elétrica, o que representou 8,6% de toda a geração injetada no Sistema Interligado Nacional no período. O que as eólicas produziram de energia no ano passado, em média, seria o suficiente para abastecer 25,5 milhões de residências ou cerca de 80 milhões de pessoas.

No dia 13 de novembro de 2018, um domingo às 09h11, o Nordeste inteiro foi atendido 100% por energia eólica, e ainda houve exportação dessa fonte, já que o volume de 8.920 MW atendeu 104% daquela demanda com 86% de fator de capacidade.

No Maranhão, segundo dados da ABEEólica, a produção de energia eólica atingiu marca superior a 220 MW, mais do que a capacidade instalada em Itaipu, no Paraná, a maior usina hidrelétrica do Brasil.

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