OUTUBRO ROSA

Conscientização sobre câncer de mama

Cerca de 95% dos casos de câncer de mama tem chances de cura quando diagnosticados e tratados na fase inicial da doença.

No Maranhão, foram registrados 1.699 casos de câncer de mama entre 2020 e 2021. (Foto: Reprodução)

Cerca de 66 mil novos casos de câncer de mama devem ser diagnosticados no Brasil até o final de 2022. As mortes pela doença devem chegar a quase 18 mil.

Essa informação impactante pode ser amenizada quando se depara com outro dado: 95% dos casos de câncer de mama tem chances de cura quando diagnosticados e tratados na fase inicial da doença. Essa é uma prova de como a informação é uma ferramenta crucial para lidar com a doença e também para exigir o cumprimento das leis que defendem os pacientes. 

“Precisamos cobrar mais investimentos na atenção primária, nos postos de saúde, que são as portas de entrada no SUS para solicitar exames de mama, realizar biópsias em até 30 dias (Lei n.º 13.896/2019) e iniciar o primeiro tratamento via Sistema Único de Saúde em, no máximo, 60 dias após o diagnóstico (Lei 12.732/12). As leis precisam ser cumpridas”, reforça Dra Maira Caleffi, mastologista.

A Campanha Outubro Rosa busca levar informação à população e reforçar importância do diagnóstico precoce. Pois em muitos casos, o câncer de mama não apresenta sintomas. O surgimento de um nódulo é o mais comum, porém existem outros sinais de que há doença. A auto-observação é importante, contudo, não exclui a necessidade do exame mamográfico.

De acordo com o último levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), em agosto de 2022, o câncer de mama, é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em quase todas as regiões do Brasil. 

A taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada pela população mundial, foi 11,84 óbitos/100.000 mulheres, em 2020, com as maiores taxas nas regiões Sudeste e Sul, com 12,64 e 12,79 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente.

Maranhão: 1.699 casos de câncer de mama

No Maranhão, nos anos de 2020 a 2021, marcados pela pandemia do novo coranavírus, foram registrados 1.699 casos de câncer de mama. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Especialistas destacam chamam a importância do diagnóstico precoce e chamam a atenção para o combate e prevenção da doença.

Para reduzir os fatores de risco, é importante adotar hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas regularmente, ter uma alimentação balanceada, evitar o consumo excessivo de álcool, não fumar e fazer a mamografia anualmente.

“Algumas mulheres, que apresentam fatores de risco, como o histórico da doença na família, estar entre 40 anos e 70 anos, precisam redobrar o cuidado porque as chances de desenvolver a doença é maior. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura”, explica Vivian Milani, radiologista.

A mamografia pode ser indicada para pacientes que não tenham a idade mínima de 40 anos, mas que tenham risco aumentado para o desenvolvimento de tumores mamários, como aquelas com histórico familiar de câncer de mama.

A radiologista Vivian Milani deixa o alerta para mulheres de 40 a 70 anos. (Foto: Reprodução)

Campanha visa compra de próteses mamárias

O Hospital do Câncer Aldenora Bello, mantido por meio de doações e pela Fundacão Antonio Dino começou nessa terça-feira (4) a campanha Outubro Rosa. Na abertura da campanha foi reforçada a questão do diagnóstico precoce que e a atenção

Neste ano, toda a verba” alcançada com a venda de camisas serão utilizadas para a compra de próteses mamárias para pacientes com câncer de mama que precisam realizar a cirurgia de mastectomia no hospital do câncer. 

“Aqui na Fundação Antonio Dino, todos os recursos financeiros arrecadados para o Outubro Rosa, como vendas de camisas, doações à campanha e parcerias, são destinados para a compra de próteses mamárias e para a realização de mais cirurgias de reconstrução em pacientes mastectomizadas no Hospital Aldenora Bello”, informou o hospital. A camisa custa R$ 45 e pode ser obtida na sede da Fundação, na Rua Seroa da Mota, 23 – Apeadouro.

Segundo informações do Aldenora Bello, 87% das mulheres que tiveram as mamas retiradas passaram pela reconstrução mamária. 

No entanto, o Sistema Único de Saúde repassa uma quantidade que não cobre o valor total da prótese, o que é coberto com recursos de doação e venda de camisas.

Na programação do Hospital Aldenora Bello, está previsto o dia 15, de  atendimento às mulheres na realização de consultas e exames. E no dia 22 haverá o mutirão de reconstrução mamária para as pacientes.

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