SAÚDE

Maranhão pode ter segunda onda de covid-19, alerta Fiocruz

O estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-gripe) até 28 de julho

REUTERS/Dado Ruvic/Direitos Reservados

Uma segunda onda do novo coronavírus (Covid-19) é possível nos estados do Maranhão, Rio de Janeiro e Ceará, é o que afirma a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados constam no Boletim InfoGripe, produzido pela Fiocruz, que monitora a ocorrência da síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país.

A análise, referente à Semana Epidemiológica 30 (de 19 a 25 de julho), indica estabilização no número de novos casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país, após a retomada do crescimento observado em junho. Os valores semanais, no entanto, ainda encontram-se muito acima do nível de casos considerado muito alto. O estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-gripe) até 28 de julho.

De acordo com a Fundação, os dados de SRAG estão associados à Covid-19. Entre as ocorrências com resultado positivo para os vírus respiratórios, 96,7% dos casos e 99,1% dos óbitos ocorreram por novo coronavirus. Segundo o Boletim, dos estados com tendência de retomada do crescimento no número de novos casos semanais após período de queda, com possível “segunda onda”, Amapá, Rio de Janeiro e Maranhão mantiveram o sinal de crescimento, sendo observada maior intensidade nos dois primeiros. Esses três estados também mostram sinais de retomada de crescimento em suas capitais – Macapá, Rio de Janeiro e São Luís.

“Já Fortaleza apresenta sinal de estabilização, com sinal fraco de possível retomada do crescimento. Por outro lado, o sinal de possível início de queda em Rondônia e em sua capital, Porto Velho, não se confirmou, sendo mantido sinal de crescimento lento. Como sinalizado nos boletins anteriores, a situação nas regiões e estados do país é bastante heterogênea. Portanto, o dado nacional não é um bom indicador para definição de ações locais”, informou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Foto: Divulgação/Fiocruz

Marcelo Gomes alerta que, em nível nacional, o cenário atual sugere que os casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), independentemente de presença de febre, mostram tendência de crescimento, com ocorrência de casos semanais muito alta. Foram reportados um total de 316.984 casos este ano, sendo 161.927 (51,1%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 91.163 (28,8%) negativos e cerca de 42.179 (13,3%) aguardando resultado laboratorial. Levando em conta a oportunidade de digitação, estima-se que já ocorreram 356.149 casos de SRAG, podendo variar entre 342.547 e 375.218 até o término da semana 30. Entre os positivos, 0,7% foram de influenza A, 0,3% influenza B, 0,6% vírus sincicial respiratório (VSR) e 96,9% Sars-CoV-2 (Covid-19).

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