CORONAVÍRUS

Maranhão faz tratamento da Covid-19 com cloroquina, diz Carlos Lula

Em coletiva realizada na tarde desta segunda, foi anunciado o estabelecimento dos “Hospitais Blindados da Covid-19”. Saiba quais são

Reprodução

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira (30), o secretário de Estado da Saúde, Carlos Eduardo Lula, falou sobre o uso do medicamento cloroquina em pacientes internados nos hospitais do Maranhão com diagnóstico de Covid-19.

De acordo com o secretário, existem algumas pessoas sendo tratadas com o remédio, por exemplo, no hospital Carlos Macieira. O uso do medicamento faz parte do tratamento da Covid-19, que está sendo realizado a nível nacional.

Segundo Carlos Lula, por enquanto, o tratamento com a cloroquina tem tido bons resultados. “A gente tá utilizando o mesmo protocolo do Einstein aqui no Carlos Macieira, fazendo o uso de cloroquina para pacientes com casos confirmados de Covid-19. Até agora tem sido positiva a utilização desse protocolo que a gente tem seguido, segundo estrita recomendação médica”, disse ele.

No entanto, o secretário alertou para da automedicação com a cloroquina. ” Temos cautela na utilização, é um remédio com inúmeras consequências adversas, então, a gente não recomenda a ninguém sair comprando em farmácias, como aconteceu no início, muito menos utilizar preventivamente. A gente tem casos de pessoas que tiveram parada cardíaca em razão do uso preventivo do medicamento. Isso é protocolo médico”, explicou.

Equipamentos de proteção

Ambos os secretários falaram também sobre o abastecimento de equipamentos de proteção para os profissionais de saúde do estado. Segundo o secretário Calos Lula, o governo iniciou a distribuição de EPI’s desde a semana passada para todo o Maranhão, e a compra de novos materiais continua.

O secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, explicou que a alta demanda por equipamentos de proteção é mundial e, que apesar de ser um grande desafio mante os hospitais sempre abastecidos com os materiais, diante da crise sanitárias, o município teve a preocupação de manter um estoque desde cedo. “Temos buscado desde fevereiro comprar, enfrentamos uma dificuldade muito grande, haja vista que estados que já havia notificado casos, como São Paulo, tinham comprado todo o estoque nacional. As compras que fizemos já estão chegando e, sem dúvida, essa semana tudo q faltava de EPI a gente vai começar a receber, todos os itens”, afirma o secretário.

Além dos novos materiais, que deverão chegar em breve, Lula Fylho ressalta que a São Luís, até então, não apresenta carência de equipamentos de proteção para os profissionais da saúde. “Garanto, nós temos equipamentos, nós temos máscaras, luvas, gorro e avental. Só que com a distribuição controlada, não havia rigor antes, agora tem. Isso tem deixado alguns profissionais meio aflitos, porque o controle esta sendo cada vez mais rigoroso e será cada vez mais. Mas, nós vamos conseguir suprir todas as nossas equipes da atenção básica e da rede hospitalar com os EPI’s necessários dentro dos protocolos de recomendação da Anvisa”, esclareceu o secretário.

Fiscalização

Lula Fylho também aproveitou para lembrar que o decreto emitido pelo Governo do Estado, que determina o fechamento de estabelecimentos comerciais não-essenciais por 15 dias, ainda está em vigor, portanto é necessário que os empresários respeitem, para que os resultados da quarentena sejam positivos.

O secretário afirmou que continuarão sendo realizadas fiscalizações em bares, restaurantes, salões, academias, etc. “Avisamos a todos os empresários, a todas as pessoas que estão ansiosas por alguma mudança, alguma flexibilidade, que o próprio governador já disse hoje aqui que estão sendo feitas análises com o comitê científico, decisões que vão ser tomadas de maneira colegiada, sendo analisada por vários outros governadores do nordeste, onde temos uma realidade de certa forma similar [à nossa]. As decisões estão sendo tomadas com critérios científicos, através de analises ponderadas, para que a gente possa minimizar o risco para a população”, disse Lula Fylho.

O secretário ressaltou que ainda não é o momento de fazer alterações na quarentena. “É isso que a gente quer que a população entenda. Ainda precisamos de isolamento, ainda precisamos do comércio fechado, ainda precisamos que a as pessoas fiquem em casa. Na medida em que esse cenário for mudando, na medida em que as análises forem permitindo, nós estaremos aqui para comunicar a população”, explica.

Ainda de acordo com Lula Fylho, os administradores do estado e município têm consciência dos prejuízos que a quarentena pode causar na economia, mas é preciso ter também responsabilidade com a saúde pública. “O próprio governador não tem interesse nenhum em causar impacto negativo na economia. O prefeito Edivaldo não tem interesse nenhum em ver a nossa cidade com dificuldade, seja os empresários, sejam os empregados, nenhum interesse de crise econômica, mas muita responsabilidade com a saúde da nossa população”, afirmou o secretário municipal.

Hospitais blindados

Também estava presente na coletiva de imprensa o médico e assessor especial da Secretaria de Estado da Saúde, Dr. Rodrigo Lopes. Ele falou sobre o estabelecimento dos Hospitais Blindados, que serão unidades onde não poderão ser tratados pacientes com Covid-19. “A gente quer fazer de tudo para que nós não tenhamos pacientes suspeitos ou positivos de coronavírus em algumas unidades”, afirma o médico.

As unidades blindadas são:

  • Socorrão I
  • Socorrão II
  • UPA da Vila Luizão
  • UPA do Parque Vitória
  • Hospital de Câncer (antigo Hospital Geral)
  • Hospital Aldenora Belo
  • Hospital Materno Infantil

Essas unidades de saúde continuarão atendendo qualquer outro tipo de urgência e emergência, e serão exclusivas para casos que não sejam de coronavírus. O objetivo é proteger pacientes com outros problemas de saúde, evitando que eles acabem sendo contaminados com a Covid-19.

Velórios

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, os velórios das vítimas de doenças respiratórias seguirá um protocolo diferenciado por conta da suspeita do novo coronavírus. “Em caso suspeito, mesmo ainda sem confirmação laboratorial,[…] não vai poder acontecer o velório com o caixão aberto, tem que ser caixão fechado, não poderá acontecer velório em ambiente ‘de casa’.Ele sai da unidade hospitalar, direto pro sepultamento. O velório no máximo pode acontecer entre 10 minutos e ter no máximo 10 pessoas. Será esse o protocolo.

Isolamento

Todas as autoridades presentes na coletiva de hoje ressaltaram a importância do isolamento social durante o período atual da pandemia. Em seu Twitter, o governador do Maranhão, Flávio Dino, destacou mais uma vez a necessidade de realizar a quarentena para combater a Covid-19.

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