REPRESENTATIVIDADE

Confira o protagonismo político da mulher maranhense

Ocupar cargos de poder ou ter voz ativa nas tomadas de decisões de um partido tem levado mulheres do maranhão a buscarem representatividade em espaços políticos

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Adesigualdade de gênero é uma realidade no universo político brasileiro. E o Maranhão não fugiu a regra. A prova disso foi a busca por representatividade política de mulheres nas eleições de 2020 por um espaço de fala como as prefeituras e câmaras municipais tanto da capital quanto do interior do estado, que tiveram reflexo também na composição parlamentar da Assembleia Legislativa do Maranhão.

De acordo com o levantamento feito pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA), nas eleições municipais de 2020 concorreram 7.008 candidatas do sexo feminino e 13. 782 do sexo masculino. Foram eleitos para o cargo de prefeito (a) e vereador(a) nos 217 municípios do estado, um total de 2.272 candidatos do sexo masculino e 572  candidatas do sexo feminino, que correspondem  respectivamente a79,89% e 20,11% do eleitorado maranhense. Apesar de segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  (IBGE), no Maranhão, 50,4% do eleitorado ser composto por mulheres, e os outros 49,6% por homens.

Um exemplo deste reflexo do protagonismo feminino maranhense em um universo que majoritariamente é comandado por homens pode ser visto no resultado das urnas do ano passado.  A nova composição, para a legislatura de 2021 a 2026, da Câmara Municipal de São Luís que teve uma renovação de 46% e contará com a presença das seguintes vereadoras: Concita Pinto (PCdoB), empresária, sócia da Liman Limpeza e Manutenção Ltda, onde detém 30% de participação, eleita com 5.319 votos:  Fátima Araújo (PCdoB),líder comunitária eleita com 5.446 votos; Silvana Noely  (PTB), diretora do Ateliê Academia de Dança e da Cia. Ateliê e idealizadora do Projeto VEM, eleita com 2.913 votos; Karla Sarney (PSD), advogada eleita com 2.594 votos; e   Rosana da Saúde (Republicanos), técnica em enfermagem e capelã hospitalar eleita com 6.984 votos. A bancada feminina dobraria e passaria a representar perto de 20% caso a vereadora Bárbara Soeiro (PSC) tivesse se candidato à reeleição, porém ela preferiu abrir mão de um novo mandato em troca da eleição do filho, o odontólogo Otávio Soeiro (Podemos).

A participação feminina poderia ser maior se o Regimento Interno da Câmara Municipal de São Luís, reconhecesse a representatividade das mulheres que integram do Coletivo Nós (PT), como: Flávia Almeida Reis que compõe o GT Arquidiocesano da Campanha Nacional de Enfrentamento aos Ciclos de Violência contra Mulher, e foi co-fundadora do Coletivo Fala Mermã; Raimunda Oliveira, agricultora que atuou como conselheira tutelar de 2011 a 2020, formada em Gestão Empresarial, pela Universidade Vale do Acaraú (UVA); Eunice Costa que iniciou sua militância na área Itaqui-Bacanga aos 17 anos, na Pastoral da Juventude e membro fundadora do Fórum Estadual de Juventude (FEJMA) e da Rede de Mulheres Negras do Maranhão.

O Coletivo Nós que tem um mandato coletivo, o primeiro eleito no Maranhão, na tribuna da Câmara Municipal de São Luís é representado pelo vereador Jhonatan Soares, mas todas as decisões são tomadas em comum acordo.

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