Nestas eleições, a proporção do número de candidatos pardos e pretos nas Eleições Municipais de 2020 alcançou o índice de 49,9%, superando os 48,1% dos candidatos que se autodeclararam brancos nos pedidos de registro de candidaturas para prefeito, vice-prefeito e vereador entregues à Justiça Eleitoral até o dia 26 de setembro.

Em 2020, cerca de 267 mil candidatos afirmaram ser brancos, 219 mil se disseram pardos e 58 mil se declararam pretos. Nas últimas eleições municiais, em 2016, 51,45% dos candidatos se declararam brancos e 47,76% pardos ou pretos. Essas informações começaram ser coletadas dos candidatos a partir das Eleições de 2014.

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Valorização das candidaturas de cidadãos da população negra

No dia 25 de agosto, o TSE decidiu em favor da valorização das candidaturas de cidadãos da população negra. Durante sessão administrativa, o Tribunal Superior Eleitoral,  determinou a distribuição dos recursos do Fundo Eleitoral, e do tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão seja proporcional ao total de candidatos negros (pretos e pardos) que o partido apresentar para a disputa eleitoral.

A decisão do TSE valeria somente a partir das Eleições Gerais de 2022, devendo a divisão ser regulamentada por resolução da Corte. Porém, através de um julgamento virtual no dia 3 de outubro, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o posicionamento fixado pela Corte Eleitoral deve vigorar já nas Eleições Municipais deste ano.

O presidente do TSE afirmou que a ação afirmativa visa reparar injustiças históricas trazidas pela escravidão, assegurando a igualdade de oportunidade aos que começam a corrida da vida em grande desvantagem. O ministro ainda ressalta que haja, cada vez mais, pessoas negras em posições públicas de destaque, servindo de inspiração e de motivação para os jovens que com elas se identificam.