Flávio Dino e outros governadores articulam para visitar Lula
A comitiva que tentará visitar o ex-presidente Lula em Curitiba é encabeçada pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Dos nove governadores nordestinos, apenas Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco, ainda não confirmou participação
O governador Flávio Dino (PCdoB) e outros governadores da Região Nordeste estão se mobilizando para visitar hoje o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso no último sábado, 7, pela Polícia Federal. Lula cumpre pena de 12 anos e 1 mês na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro. A informação é da deputada estadual e pré-candidata à Presidência da República pelo PCdoB, Manuela D’Ávila.
De acordo com Manuela, a comitiva que tentará visitar o ex-presidente Lula em Curitiba é encabeçada pelo governador do Maranhão, Flávio Dino. Dos nove governadores nordestinos, apenas Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco, ainda não confirmou participação.
Apesar da iniciativa dos governadores, o encontro com Lula em Curitiba ainda é uma verdadeira incógnita. A visita estaria sendo organizada pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT), mas sua assessoria de imprensa ainda não tem horário confirmado de quando ela ocorrerá, pois ainda está sendo negociada pela Polícia Federal. É importante ressaltar que, pela determinação judicial, as visitas ao ex-presidente Lula são restritas a filhos e advogados nos 15 primeiros dias.
Prisão de Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se entregou à Polícia Federal (PF) e foi preso na noite do último sábado, 7, após ficar dois dias na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Ele estava no edifício no Centro da cidade do ABC desde quinta-feira, 5, quando o juiz Sérgio Moro expediu mandado de prisão.
Lula foi condenado em duas instâncias da Justiça no caso do tríplex em Guarujá (SP). A pena definida pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) é de 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A defesa tentou evitar a prisão de Lula com um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF), mas na quarta-feira, 4, o pedido foi negado pelos ministros, por 6 votos a 5. A defesa queria que a pena só fosse cumprida após o trânsito em julgado do processo – ou seja, após encerradas todas as possibilidades de recurso nos tribunais superiores, o que foi rejeitado.