LAVA-JATO

Conselho vai a Curitiba para evitar demora no processo de cassação de Cunha

Parlamentares acertaram com o juiz Sérgio Moro tomar depoimentos de testemunhas no Paraná para acelerar processo contra o presidente da Câmara, que não autorizou liberação de verba para deslocamento de depoente

Cunha é investigado por controlar contas no exterior, não declaradas no imposto de renda
A fim de evitar mais demora no processo que pode levar à cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Conselho de Ética da Casa vai ouvir parte dos depoimentos em Curitiba. A cúpula do colegiado acertou com o juiz federal Sérgio Moro, coordenador da Operação Lava-Jato na primeira instância, para este mês as oitivas de testemunhas sob tutela da Justiça Federal do Paraná arroladas pelo relator, deputado Marcos Rogério (DEM-RO). Até o fim da tarde de ontem, Cunha não havia despachado pedido do Conselho para liberação de verbas para deslocamento de um dos depontes.
Como o Conselho não tem verba para esse tipo de despesa, os gastos precisam ser autorizados pela Presidência da Câmara. Em 31 de março, o Conselho enviou solicitação para viabilizar a vinda a Brasília de Leonardo Meirelles, ex-sócio do doleiro Alberto Yousseff e indicado pelo relator para depor. “O pedido ainda está em análise e sem previsão”, informou a assessoria do parlamentar ao Correio no fim da tarde de ontem.
A intenção do colegiado era que Meirelles viesse para um sessão em Brasília nesta quinta-feira, mas há o entrave da liberação da verba. De acordo com o vice-presidente do Conselho, deputado Sandro Alex (PPS-PR), o advogado da testemunha chegou a dizer que arcaria com as despesas, mas o parlamentar avaliou que a medida seria legalmente incorreta.
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