Caso Laura Marão

Acusado de matar criança em acidente foi condenado

Acidente ocorreu em 2015 e a criança não resistiu aos ferimentos, morrendo poucos dias depois

Reprodução

“A justiça foi feita”. Esse foi o sentimento dos familiares ao receberem o resultado de uma extensão sessão que se encerrou apenas no fim da noite do dia 14, e que culminou com a condenação de Carlos Diego Araújo Almeida, a 11 anos e 1 mês de reclusão por homicídio doloso de Laura Burnett Marão (8 anos) e por lesão corporal grave de Felipe Burnett Marão.

Os crimes ocorreram na madrugada do dia 26 de abril de 2015, na Avenida Jerônimo de Albuquerque, bairro Bequimão, após o carro do réu colidir contra o veículo em que estavam as crianças. No momento do acidente a pequena Laura estava na companhia do pai e do irmão gêmeo do banco de trás.

Após o acidente Laura, que teve traumatismo craniano, ficou ainda por 4 dias internada em estado grave. Ela faleceu no dia 30 e seu enterro foi no Parque da Saudade, no Vinhais.

O pai da menina, José Ribamar Marão Neto, foi o primeiro a depor. Ele conduzia o veículo no dia da tragédia e com muita emoção, relembrou os detalhes do dia fatídico em que o acusado colidiu com o carro causando o acidente em que estavam ele, Laura, e outros dois irmãos da criança, e atingindo outros dois veículos.

Advogados da família da vítima sustentaram que Carlos Diego dirigia em alta velocidade e estaria sob o efeito de álcool.

O réu, que saiu do Fórum Des. Sarney Costa (Calhau) direto para Pedrinhas, deve cumprir imediatamente a pena, em regime fechado, sendo negado o direito de recorrer em liberdade.

A sessão de julgamento foi presidida pelo juiz Flávio Roberto Ribeiro Soares que responde pela 4ª Vara do Tribunal do Júro. Atuou na acusação o promotor de Justiça Samaroni Maia, assistido pelos advogados Rafael Sauaia e Melhem Saad. Na defesa do réu autuou o advogado José dos Santos Sobrinho.

Relembre o caso

O acidente que vitimou Laura Marão aconteceu quando ela, em companhia do pai e de dois irmãos, estava indo buscar a mãe no aeroporto. O veículo estava parado no sinal vermelho, na Avenida Jerônimo de Albuquerque, próximo ao retorno do Bequimão, quando foi atingido em cheio por outro veículo conduzido por Carlos Diego Araújo Almeida, na época com 22 anos.

Na época a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) disse que o motorista perdeu o controle do veículo ao dirigir sob efeito de álcool. Carlos Diego Araújo Almeida ainda foi conduzido ao Plantão Central do Cohatrac, onde se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas confessou a ingestão de bebida alcoólica. Depois de ser autuado em flagrante, pagou fiança e foi liberado.

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