No Brasil, quase 52 milhões de jovens entre 14 e 29 anos não concluíram o ensino médio, seja por abandono escolar ou por nunca terem frequentado uma instituição de ensino, representando aproximadamente 18% dessa faixa etária.

Esses dados foram divulgados pelo IBGE durante um evento realizado pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Especialistas em educação e legisladores discutiram a importância da Educação de Jovens e Adultos (EJA) durante o evento.

Maria do Socorro Alencar Nunes, coordenadora geral de Alfabetização da Diretoria de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos do Ministério da Educação, abordou a situação preocupante daqueles que ainda não dominam a leitura e a escrita. Ela destacou:  “Nós estamos apresentando uma política para aqueles que são os mais excluídos dentre os excluídos, que são as pessoas que ainda não aprenderam a ler e escrever”

Nunes enfatizou a importância de programas como a EJA do Sesi, juntamente com dados educacionais, para a formulação de políticas públicas destinadas a eliminar o analfabetismo no Brasil e melhorar a qualidade da educação em todo o país.

Ela ressaltou que um pacto nacional para superar o analfabetismo não se trata apenas disso, mas também visa superar a exclusão social.

“Um pacto nacional pela superação do analfabetismo não é somente isto. É pela superação da exclusão social. Quando a alfabetização não está presente, quando ela não é um direito, vários outros direitos acabam não sendo garantidos.”

No Brasil, existem cerca de 9,3 milhões de pessoas que ainda não dominam a leitura e a escrita. As taxas mais altas estão nas regiões do Nordeste e Norte do país. Maria do Socorro Nunes também apontou as dificuldades de acesso às políticas públicas enfrentadas pelas populações rurais, ribeirinhas e de baixa renda.

Além disso, há 931 municípios que não oferecem a Educação de Jovens e Adultos.