Meteorologia

Pré-estação chuvosa com volumes intensos no Maranhão

O mês de novembro chegou com o tempo parcialmente nublado na Região Metropolitana de São Luís.

Saiba como se proteger durante o período chuvoso no Maranhão. (Foto: Reprodução)

O mês de outubro fechou sem chuvas verificadas na capital, São Luís, de acordo com o relatório de chuvas diárias do Núcleo GeoAmbiental da Universidade Federal do Maranhão. Mas na cidade de Balsas, o total pluviométrico mensal foi de 163,4 mm, com um volume de 139,6, em um único dia, no último dia 24.

O mês de novembro chegou com o tempo parcialmente nublado na Região Metropolitana de São Luís, mas com chuva intensa nos últimos dois dias.

Embora a intensidade das chuvas, o NuGeo registrou apenas 20mm no evento do domingo, dia 6; e 11mm na segunda-feira, dia 7. Segundo o NuGeo, a região norte do estado, onde São Luís está localizada, ainda atravessa o período seco, uma vez que o volume esperado é menor do que 20%.

De acordo com o relatório da NuGeo, uma extensa área de convergência de umidade gerada pelo fluxo de ventos conhecido como JBN, organiza a convecção desde a Amazônia até áreas da porção central do Brasil.

Esse canal de umidade tem sido observado nos últimos dias, porém com menos intensidade, mas que se fortaleceu e engatilhou a formação de núcleos convectivos intensos no sul do Maranhão, os quais se manteve nos últimos dias.

Para o trimestre novembro, dezembro e janeiro, o estado apresenta uma perspectiva de chuvas oscilando de normal a acima do normal, de acordo com a mais recente previsão climática.

A persistência do fenômeno La Niña no Oceano Pacífico, é um dos agentes propulsores para essa previsão, uma vez que a circulação atmosférica é alterada em várias partes do globo devido a sua atuação.

A região sul do estado, segundo a meteorologia, mostra chuvas na ordem de 600 mm, e tem indicativo de estar dentro do período chuvoso. Já o norte do estado se encontra fora do período chuvoso, uma vez que a contribuição com os totais anuais é de abaixo de 20% do volume de chuva.

“O mês de novembro começa a apresentar um avanço nos volumes mais significativos no sul, dando início à pré-estação chuvosa na região onde são esperados volumes entre 100 e 200 mm; já o norte ainda passa pelo período seco com chuvas abaixo de 25 mm”, aponta o relatório assinado pelo meteorologista Hallan Cerqueira.

O mês dezembro representa o segundo mês de transição para o período chuvoso na região sul, onde já se esperam chuvas da ordem de 250 mm; para o norte já se esperam chuvas mais significativas da ordem de 100 mm, caracterizando assim, o período transitório dessa região para a estação chuvosa.

O mês de janeiro, segundo aponta o relatório, mostra uma estabilização nas chuvas em quase todo o estado onde há uma variação entre 100 e 250 mm, pois o mês de janeiro representa período transitório em todo o estado.

A região sul do estado, segundo a meteorologia, mostra chuvas na ordem de 600 mm, e tem indicativo de estar dentro do período chuvoso. Já o norte do estado se encontra fora do período chuvoso, uma vez que a contribuição com os totais anuais é de abaixo de 20% do volume de chuva.

No último dia 6, choveu em São Pedro da Água Branca, 125mm, sendo o maior volume registrado naquele dia no estado pelo NuGeo. Em Vargem Grande, 82,6; Chapadinha, 77,7; Cantanhede, 75,6; e São Luís, 20 mm, no domingo (6), e na segunda-feira (7), 11mm.

São Luís: mais de 60 áreas de risco monitoradas 

A previsão do tempo para os próximos dias, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é de muitas nuvens com chuva isolada. Neste dia 9, por exemplo, pela manhã o esperado é muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas.

Para a tarde, muitas nuvens com pancadas de chuva e trovoadas isoladas; e para a noite, muitas nuvens com possibilidade de chuva isolada.

Nos últimos dois dias, o órgão tem publicado aviso de alerta para chuvas intensas (perigo) na capital, entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia; ventos intensos (60-100 km/h); risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

Áreas de risco monitoradas 

(Foto: Reprodução)

Embora ainda fora do período chuvoso, o volume de chuva que caiu na Região Metropolitana de São Luís, no último domingo e segunda-feira passados, deixou um sinal de alerta nos moradores que se encontram em áreas menos seguras.

No Residencial Nestor, a enxurrada provocou uma cratera, pondo em risco as habitações do entorno. Moradores disseram se preocupar com as próximas chuvas, pois a área em que moram não é considerada de risco pela prefeitura de São Luís.

No Residencial Nestor, a enxurrada provocou uma cratera. (Foto: Reprodução)

A Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) informou a O Imparcial, que a Defesa Civil já realizou todas as intervenções que fazem parte das atribuições do órgão no local, como a confecção de um parecer técnico e vistorias e acionamento de órgãos competentes.

A Semusc informou ainda que monitora 66 áreas de risco na capital maranhense por meio da Defesa Civil de São Luís. “Esses trabalhos são realizados tanto no período chuvoso como no período seco”, disse o órgão.

O período chuvoso requer atenção dos moradores. Para quem mora em área de risco, é importante que as pessoas preservem a vegetação.

Plantas com raízes maiores, gramas e capins ajudam na fixação do solo. Por outro lado, é fundamental que os moradores não plantem bananeiras e outras de raízes curtas, uma vez que as raízes dessas árvores não fixam o solo e aumentam os riscos de deslizamentos.

Outro aspecto importante é evitar o descarte de lixo, bem como de sofás velhos, pneus e até geladeiras, que podem ser encontrados nas ruas e que causam a obstrução das galerias e córregos, fazendo com que eles transbordem com o grande volume de água neste período.

Em casos de alerta e riscos em áreas neste período chuvoso, a população pode entrar em contato pelo atendimento da Defesa Civil Municipal, nos telefones (98) 99107-3550 e 3212- 8473.

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