SÓ OS IMORTAIS

Academia Brasileira de Letras comemorou nessa quarta-feira (20), 125 anos

O Acadêmico José Sarney, também ex-presidente do Brasil, foi o orador oficial do evento.

O ex-presidente José Sarney (MDB) fez uma aplaudida defesa da democracia. (Foto: Reprodução)

A Academia Brasileira de Letras (ABL) realizou nessa quarta-feira (20), no Rio de Janeiro, uma série de eventos em comemoração aos seus 125 anos de história. À noite, o Cristo Redentor foi iluminado de verde escuro, cor oficial da academia, em homenagem à data.

Também, às 20h, foi realizada uma Sessão Solene no Salão Nobre da ABL. A cerimônia celebrou a entrega do Prêmio Machado de Assis ao antropólogo Roberto da Matta, pelo conjunto da obra.

Fora distribuídas, ainda, as medalhas Machado de Assis e João Ribeiro. A celebração contou com apresentação musical do Quinteto de Cordas da Orquestra Sinfônica Brasileira.

O Acadêmico José Sarney, também ex-presidente do Brasil, foi o orador oficial do evento, sexto ocupante da Cadeira nº 38, eleito em 17 de julho de 1980, na sucessão de José Américo de Almeida e recebido em 6 de novembro de 1980 pelo Acadêmico Josué Montello.

Na ocasião, sem mencionar o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), o político rebateu as recentes críticas do chefe do Executivo federal ao sistema eleitoral brasileiro.

“Infelizmente, não é só a cultura brasileira que precisa, neste momento, ser defendida. Fui o presidente que conduziu a transição democrática, tenho a responsabilidade pessoal de defendê-la. Ela se consolidou pela prática continuada de eleições livres, sob a vigilância segura do Supremo Tribunal Federal”, disse.

De acordo com ele, é necessário garantir que o Judiciário tenha liberdade para exercer suas responsabilidades, sob pena de a própria democracia estar ameaçada.

“E garantir que o Judiciário exerça em plenitude suas responsabilidades é absolutamente necessário para que a democracia prevaleça. O Brasil precisa se unir em torno deste objetivo”, completou, o ex-presidente.

O que é a ABL

A ABL é uma instituição literária fundada no Rio, em 20 de julho de 1897, pelos escritores Machado de Assis, Lúcio de Mendonça, Inglês de Sousa, Olavo Bilac, Afonso Celso, Graça Aranha, Medeiros e Albuquerque, Joaquim Nabuco, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay e Ruy Barbosa. É composta por 40 membros efetivos e perpétuos, por isso chamados “imortais”.

Em 1923, o governo da França doou à ABL o prédio do Pavilhão Francês, edificado para a Exposição do Centenário da Independência do Brasil no ano anterior. O casarão fica na Avenida Presidente Wilson, 203, no centro do Rio.

Atualmente, a ABL tem em sua presidência o jornalista e escritor Merval Pereira.

Celebração dos 125 anos da ABL. (Foto: Reprodução)
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