São Luís 409 anos

A evolução da arte ludovicense

Além de ser uma cidade que encanta, São Luís é um lugar que inspira a pura arte, que enlaça o coração de vários artistas.

Foto: Reprodução/Instagram

São Luís completa 409 anos sendo marcada por suas histórias, mistérios e muitas belezas que encantam os corações dos moradores e de seus visitantes. Uma capital única, que consegue agregar algo em cada ser humano que passa por essas terras.

Além de ser uma cidade que encanta, é um lugar que inspira a pura arte, que enlaça o coração de vários artistas que eternizam suas emoções por meio de pinturas, fotografias, música e principalmente na memória. Com muita riqueza representadas nas obras dos artistas, que veem na cidade dos azulejos uma forma de homenagear a cultura do povo, as suas belezas e paisagens.

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A cantora ludovicense Beatriz Maciel, mais conhecida com Bia Mar, faz parte da nova geração que vem surgindo de mulheres no samba. Sua inspiração vem da forma que a cidade tem se moldado, das suas paisagens, arquitetura. Desde sempre ela foi apaixonada por música de uma forma geral, mas principalmente o samba. Quando criança, ela vivia cercada de referências musicais, que trazia cada vez mais a vontade de externalizar a sua arte para mais pessoas. Com, 17 anos, começou a cantar em festivais de escola e eventos privados, vendo uma oportunidade de ganhar uma renda extra e fazer algo que tanto amava.

“Fui criada ouvindo muita MPB e MPM, como Zeca Baleiro, Josias Sobrinho, Beto Pereira, Martinho da Vila, Chico Buarque, Elis Regina, dentre outros que me inspiram até hoje como artista. Aos 17 comecei a cantar em festivais de escola e eventos privados em faculdades, o que me levou a procurar o som de barzinho como renda extra aos 20. Já passei por vários estilos como pop rock, reggae e agora me encontrei no samba. O samba me chamou há dois anos, quando comecei como backing vocal em concursos de samba enredo.
Daí conheci o Allan Mendes, cavaquinista que é meu parceiro no projeto Par de Samba, do qual sou idealizadora juntamente com ele. Atualmente estou com o Par de Samba e também tenho uma parceria de autorais com o Vicente Melo (Cantor, Compositor e ator)”, afirma a cantora

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Tento inspirações para suas música as belezas arquitetônicas do local, o mar, ela conseguiu com muita perseverança, realizar o lançamento de sua música “Cupuaçu”, que traz o melhor da poesia, fazendo uma referência ao fruto maranhense. Outras músicas estão também engatilhadas para serem lançadas, mas ainda sem previsão. “Lancei há duas semanas a música Cupuaçu, que graças a Deus tem tido uma visibilidade boa e uma aceitação incrível. Tenho várias outras músicas engatilhadas para gravar. Dentre elas tenho “Canção de Ninar Heitor”, “Samba de um falso amor”, “Sou teu pandeiro”, dentro outras.”

“A cidade de São Luís, com seus casarões, suas ruas, esquinas, ladrilhos inspiram poetas desde sempre. Eu como artista me sinto muita atraída pelos mistérios e lendas, além da culinária e folguedos que servem de prato cheio a músicas e poesias. Mas não posso esquecer também de uma fonte inesgotável de inspiração. Essa é universal, O Mar. Quando atravesso as pontes dessa cidade e vejo aquela maré cheia, ou até mesmo sinto a brisa suave quando vou à praia, me energizo em alma e inspiração. Em uma de minhas letras faço uma referência à música de César Nascimento (Ilha magnética) quando digo que o amor ‘se criou, casou e nasceu cá’.” disse a artista

Diferentemente do que ocorria com os outros artistas, há 10 anos atrás, a forma de realizar arte era muito mais trabalhoso, por levar muito tempo. Atualmente, com a vinda da internet, a forma de fazer cultura mudou, podendo ser mais prático e acessível para todos.

“Com o advento da internet a forma de fazer cultura mudou. As coisas estão mais práticas e acessíveis. Em um clique temos o universo nas mãos. Essa facilidade tende a nos conectar mais com outros artistas. Por exemplo, fiz uma parceria com o repper Hades, com a música cupuaçu. São dois estilos totalmente diferentes (rap e xote) que se casaram perfeitamente, chegando até a se complementar. Essa visitação, por assim dizer, de um estilo a outro sempre existiu mas se torna cada vez mais necessária. Pra mim é uma nova forma de fazer cultura. Acho que quanto mais nós artistas maranhenses nos apoiarmos mãos fortes seremos. Além disso, Artistas de estados, cidades e até países diferentes estão podendo fazer parceria à distância. Isso é interessante. A cultura e a música quebrando as barreiras geográficas através das redes.” diz a artista.

Artes em forma de intervenções na cidade

Foto: Reprodução/Instagram

Tendo a arte sempre como companheira, Gilmartim, conhecido como Gil Leros, desde a sua infância amava papeis, lápis e tinta para desenho, por ter dificuldades de aprendizagem e desenvolvimento escolar (dislexia-desvio de atenção), viu na arte uma válvula de escape, criando um jeito pessoal de lidar com as situações de comunicação.

Durante o fim dos anos 90, Gil Leros teve contato com a cultura Hip Hop local, transferindo o gosto de riscar papeis por riscar muros da cidade, dando assim início ao aprimoramento das suas técnicas de pintura e comunicação visual, através de atividades voltadas à arte de rua, tendo-a como seu espaço de desenvolvimento. Com o passar do tempo, montou seu estúdio (Blue House) e estudou Arquitetura e Urbanismo, o que agregou uma nova visão de Urbanismo e o reconhecimento de seus trabalhos com intervenções urbanas e o uso da arte na valorização dos volumes arquitetônicos.

“Minha mãe começou a me apoiar, pois ela viu que tinha algo a mais nos desenhos e começou a incentivar. Com 13 anos eu tive o primeiro contato com a pichação, grafite, indo para escola, sempre que passava e eu via a galera desenhar e com isso comecei a frequentar. Esse foi o meu primeiro contato com a cultura Hip Hop. E assim que eu comecei a grafitar e conheci mitas pessoas que me apoiaram nesse percusso.” falou o artista

Foto: Reprodução/Instagram

Mesmo não nascendo em São Luís, Gil sempre pegou diversas referências da cidade e trouxe para a sua arte. Com isso criou o projeto ‘Amo, Poeta e Cantador’, que é um projeto com o objetivo de homenagear e documentar a história dos Poetas e Cantadores da manifestação cultural conhecida como Bumba Meu Boi do Maranhão. O artista tirou inspirações dos painéis de “graffiti in memorian” feitos em homenagem a MC’s, DJ’s e personalidades da cultura Hip Hop, muito comum nos bairros de periferia de cidades consideradas berços desta cultura. A manifestação cultural Bumba Meu Boi tem como liderança a figura do Amo, mestre Poeta e Cantador, que tem como função liderar e embalar a brincadeira com suas toadas, pois são pessoas simples que dedicam suas vidas à cultura popular do Maranhão.

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Mesmo não nascendo em São Luís, Gil sempre pegou diversas referências da cidade e trouxe para a sua arte. Com isso criou o projeto ‘Amo, Poeta e Cantador’, que é um projeto com o objetivo de homenagear e documentar a história dos Poetas e Cantadores da manifestação cultural conhecida como Bumba Meu Boi do Maranhão. O artista tirou inspirações dos painéis de “graffiti in memorian” feitos em homenagem a MC’s, DJ’s e personalidades da cultura Hip Hop, muito comum nos bairros de periferia de cidades consideradas berços desta cultura. A manifestação cultural Bumba Meu Boi tem como liderança a figura do Amo, mestre Poeta e Cantador, que tem como função liderar e embalar a brincadeira com suas toadas, pois são pessoas simples que dedicam suas vidas à cultura popular do Maranhão.

“O conto com o São João sempre foi muito presente, tanto que é bem diferente do que tem na baixada. E eu sempre ajudava com desenhos, organizações do espaço e sempre que via na tv, aquilo me chamava a atenção e com o tempo, comecei a ligar os elementos da cultura da cidade com os meus trabalhos, mas eu já tinha uma influencia muito grande da pichação que teoricamente flui de uma forma orgânica, mas harmônica com a cidade que se encontra, sendo ela em cada local de uma forma. Mas, consequentemente elas se ligam com esse diálogo. Como comecei a muito tempo, não tinha muita referência em revistas, televisão, nem de grande artistas sobre o assunto. Sendo assim, a gente construiu o grafite com o que a gente achava que era possível, tendo um apelo cultural muito grande, como cultura urbana e tradicional que a gente tem, como Bumba meu boi e Tambor de Crioula.” afirma o artista.

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