Em São Luís

Manifestantes maranhenses fazem ato em defesa do presidente Bolsonaro e do voto impresso

Manifestação aconteceu simultaneamente em várias cidades do Brasil.

Foto: Reprodução/Instagram

Manifestantes se reuniram na praça do Foguete, na Lagoa da Jansen, em São Luís, para ato em apoio ao voto impresso e a favor do presidente Bolsonaro na manhã deste domingo (1º).

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No local, pessoas de todas as idades se aglomeraram, uns com e outros sem máscara, para a manifestação, que permaneceu no local e também percorreu, em carreata, até a avenida Litorânea.

O ato aconteceu simultaneamente em outras cidades do Brasil, como Belém (PA), Belo Horizonte (BG), São Paulo (SP), Uberlândia (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

Em Brasília, Jair Bolsonaro participou, por meio de videoconferência, da manifestação a favor do voto impresso na Esplanada dos Ministérios.

Na participação do presidente, reproduzida de um carro de som, Bolsonaro voltou a atacar o sistema eleitoral apontando que as eleições de 2018 estão “recheadas” do que chamou de “indício fortíssimo de manipulação” nas urnas eletrônicas. 

“Eu fico muito feliz e orgulhoso em ver o povo brasileiro cada vez mais se inteirando do que acontece no Brasil, como é o jogo do poder, como cada vez mais consegue se identificar aqueles que têm o discurso de democracia apenas da boca para fora. Cada vez mais entender que algumas pessoas aqui no Planalto Central, usando a força do poder, querem a volta daqueles que saquearam o país há pouco tempo, querem a impunidade e a corrupção. Não pode, em nenhum regime democrático, uma pessoa ser aquela dona da verdade e reverberar o que ela quer impor para a sociedade”, disparou em indireta ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso.

Bolsonaro completou que “sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição” e repetiu que a população é o seu “exército”.

“Nós mais que exigimos, pode ter certeza, juntos, porque vocês são, de fato o meu exército, o nosso exército, fazer com que a vontade popular seja expressada na contagem pública do voto. Nós temos que ter a certeza de que quem você porventura votar, o seu voto vai ser computado para aquela pessoa. As eleições últimas estão recheadas de indício fortíssimo de manipulação. Isso não pode ser admitido por mim e nem por vocês. Nós, juntos, somos a expansão da democracia no Brasil. O nosso entendimento, a minha lealdade ao povo brasileiro, o meu temor a Deus, a nossa união nos libertará da sombra do comunismo e do socialismo”, bradou em um vídeo postado pelo assessor da presidência, Max Guilherme Machado de Moura.

O mandatário alegou ainda que “quem fala que a urna é auditada e segura é mentiroso”. “É quem não tem amor à democracia, é quem não respeita o seu povo. Essas pessoas tem que reconhecer qual é o seu lugar. Não vou entrar em provocações baratas, eu quero uma forma limpa de realizar eleições. Quem for contra a vontade de vocês que é a contagem pública, que é o voto democrático, está contra a democracia. Nós somos a maioria no Brasil. Nós estamos do lado certo. Nós não vamos esperar acontecer para depois tomar providências. Juntos nós faremos o que tiver que ser necessário para que haja contagem pública dos votos e tenhamos eleições democráticas o ano que vem”, continuou.

O presidente destacou que, se necessário, convidará os paulistanos a irem às ruas a favor do voto impresso para dar um “último alerta” a quem é contrário à medida.

“Se preciso for, para dar um último alerta àqueles que não tem respeito para conosco, eu convidarei o povo de SP, a maior capital do Brasil a comparecer à Paulista para que o som deles, a voz do povo, seja ouvida por aqueles que teimam em golpear a nossa democracia. Se o povo lá disser que o voto tem que ser auditado, que a contagem tem que ser pública e que o voto tem que ser impresso na forma como se propõe a PEC da Bia Kicis, tem que ser dessa maneira”.

Por fim, ele justificou que a “maioria” da Câmara é favorável ao voto impresso, mas que Barroso tem atuado para derrubar o projeto do governo. “A maioria da Câmara pelo que sei é favorável ao voto impresso. É uma minoria (que é contra) que foi agora escolhida por líderes depois de uma reunião com o Barroso, um ministro que deveria ser o primeiro a estar do lado da transparência das eleições, está exatamente do outro lado”, concluiu.

No último dia 30, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que a discussão em torno da PEC do voto impresso é uma “perda de tempo”. O deputado voltou a afirmar que confia no sistema eleitoral brasileiro. Mencionou, ainda, que dificilmente a proposta chegará ao plenário da Câmara.

A votação da PEC 135/2019, que institui o voto impresso, foi adiada para este mês, após o término do recesso parlamentar. Caso tivesse ido à votação no final de julho, sofreria total derrota.

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