CURIOSIDADES SOBRE SÃO LUÍS

As pontes e o crescimento da cidade de São Luís

A cidade de São Luís sofreu diversas intervenções em seus 408 anos, as transformações foram muito importantes para se ter a cidade de hoje.

Foto: Reprodução

A cidade de São Luís sofreu diversas intervenções em seus 408 anos, as transformações foram muito importantes para se ter a cidade como esta hoje. Umas de suas maiores transformações foram as pontes, que trouxe mais facilidade, mobilidade para os cidadãos ludovicenses, que conseguiram se deslocar da melhor maneira para o outro lado da ilha, que antes só era possível através de barcos.

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Segundo o historiador Antonio Noberto, os primeiros séculos de existência da capital maranhense a população era muito pequena, logo a maioria de seus acontecimentos eram sempre de forma mais lenta. Permaneceu-se assim até meados dos anos mil e setecentos e de forma mais intensa no século XIX. As estradas que hoje se encontram atualmente na cidade, quase nenhuma existia, exceto as veredas e os caminhos que levavam a regiões mais distantes da Ilha Grande.

O modal de deslocamento de pessoas e cargas era aquático, sendo o rio Anil e o rio Bacanga utilizados para tal. Com o advento do automóvel no final do século XIX para início do século XX, e com a chegada do primeiro carro em São Luís, importado pelo industrial Nhozinho Santos, começaram a ser abertas estradas maiores e mais largas que pudessem recepcionar o novo invento produzido pela Belle époque européia. Aquela década de 1910 não trouxe apenas os primeiros carros, mas também o início dos trilhos e do trem, que também, na década seguinte, favoreceu a construção da primeira ponte férrea, Benedito Leite, sobre o Estreito dos Mosquitos, ponte utilizada para o trem e para os automóveis“, ressaltou o historiador

A cada ano que se passava, a cidade começava a sofrer varias intervenções mais perceptíveis, com intuito de poder receber a modernidade que estava por vim e que iria mudar a forma de se deslocar. Durante a metade do século passado, a Ilha Ludovicense começa receber muitos carros e com isso a necessidade de ampliar o espaço urbano, para dar maior acessibilidade aos cidadãos. Desta forma, o crescimento que ocorria na cidade dava mais acesso a áreas mais distantes, entretanto a sua transformação trouxe dificuldade, pois impedia o crescimento para os lados.

“São Luís crescia no sentido do Caminho Grande (a rua Grande ampliada), que dava acesso às áreas mais distantes, como o João Paulo, o Anil, Ananandiba, Estiva, Maioba, etc. A geografia da cidade, definida desde a fundação como estratégia de defesa, sendo um promontório (praça Pedro II) margeada por um lado pelo Rio Anil e por outro pelo Rio Bacanga, cobrava o seu preço, pois inviabilizava o crescimento para os lados”, disse Antonio Noberto.

Ponte São Francisco

A ponte São Francisco foi idealizada durante o Governo de José Sarney, entre 1966 e 1970, entretanto, somente no final do governo nos anos 70 que ocorreu sua inauguração, no dia 14 de fevereiro. Antes de ser construída, para ter acesso ao outro lado da Ilha, era somente por meio de barcos, pois era o único meio de transporte possível, a chegada da ponte marcava um momento muito importante para a mobilidade urbana.

O desenvolvimento que a cidade de São Luís recebeu durante está época, foi forma de atender as necessidades econômicas e sociais, mas também uma forma de demonstrar à sociedade o que a modernização podia realizar, demostrando que o progresso estava realmente chegando a cidade e que essa obra era o começo de uma grande expansão territorial.

“A ponte do São Francisco, inaugurada em fevereiro de 1970, que permitiu a expansão da capital para o leste fazendo nascer a “cidade planejada” na direção das praias, isto aconteceu especialmente com a abertura da avenida dos Holandeses e da Colares Moreira. Naquele mesmo ano o São Francisco deixou de ser uma ilha e se ligou por terra com o Renascença e o Calhau”, afirmou o historiador Noberto.

O crescimento da cidade a partir das pontes

Com a chegada da ponte do São Francisco, outras obras foram surgindo com o objetivo de trazer melhorias mais para a cidade de São Luís. De acordo com historiador Antonio Noberto, a construção da barragem do Bacanga e da avenida dos Portugueses (acesso da BR-135) trouxe diversos benefícios para o deslocamento dos cidadãos.

No final anos 70, com todos os avanços e a modernização da cidade, foi também nascendo a necessidade de uma outra ponte, para ajudar na locomoção das pessoas, além de ajudar na expansão de territorial que também vinha crescendo. Desta forma, surgiu a ponte Bandeira Tribuzzi, que recebeu um nome de um grande poeta Ludovicense.

“No final da década de 70, a expansão da cidade a partir da construção da ponte do São Francisco trouxe a demanda por uma nova ponte. Não demorou muito para que fosse construída a chamada “Ponte Nova”, batizada de Bandeira Tribuzzi em homenagem ao ilustre poeta Ludovicense, falecido no dia do aniversário da cidade, 08 de setembro de 1978. Não dá para imaginar São Luís sem a ponte do São Francisco, a barragem/ ponte do Bacanga, a ponte do Caratatiua e a ponte Hilton Rodrigues. Foram elas que redesenharam a distribuição espacial da capital e deram mobilidade aos moradores da Ilha”, ressaltou o historiador.

Esses avanços trouxeram diversas vantagens para a cidade, fazendo com que a modernização adentra-se a cidade, que logo trouxe uma melhor forma para realizar o deslocamento, além de possibilitar o avanço territorial para outros lados da Ilha.

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