ALERTA

Evitando riscos: saiba o que fazer em caso de alagamentos

Municípios localizados em regiões de bacias hidrográficas devem ficar em alerta durante todo o período de chuvas

Foto: Reprodução

 

Os danos causados pelas inundações são inúmeros. No Maranhão, só este ano cerca 2,5 mil famílias já foram atingidas pelas enxurradas e elevação do nível dos rios. Perdas de móveis, eletrodoméstico ou mesmo residências inteiras são provocadas pela força das águas.

Intenso volume de chuva tem castigado várias cidades no interior

Inundação repentina

Inundações repentinas, bruscas ou enxurradas, que ocorrem em regiões de relevo acentuado ou declives. Geralmente, as inundações acontecem pela presença de grande quantidade de água num curto espaço de tempo.

São freqüentes em rios de zonas montanhosas com bastante inclinação, vales profundos e muitas vezes as águas de chuva arrastam terra sem vegetação devido aos deslizamentos nas margens dos rios. A grande quantidade de água e materiais arrastados representam, à medida que escoam, grande poder destruidor.

Chuvas fortes ou moderadas, mas duradouras e intensas, também podem originar inundações repentinas, quando o solo esgota sua capacidade de infiltração.

Inundações lentas ou de planície

Nas enchentes, as águas elevam-se de forma paulatina e previsível; mantêm-se em situação de cheia durante algum tempo e, a seguir, escoam-se gradualmente.

Inundações em cidades ou alagamentos

São águas acumuladas no leito das ruas e nos perímetros urbanos, causadas por fortes precipitações pluviométricas, em cidades com sistemas de drenagem deficientes.

Nos alagamentos, o extravasamento das águas depende muito mais de uma drenagem deficiente, que dificulta a vazão das águas acumuladas, do que das precipitações locais.

O fenômeno relaciona-se com a redução da infiltração natural nos solos urbanos, a qual é provocada por:

Compactação e impermeabilização do solo;
Pavimentação de ruas e construção de calçadas, reduzindo a superfície de infiltração;
Construção adensada de edificações, que contribuem para reduzir o solo exposto e concentrar o escoamento das águas;
Desmatamento de encostas e assoreamento dos rios que se desenvolvem no espaço urbano;
Acumulação de detritos em galerias pluviais, canais de drenagem e cursos de água;
Insuficiência da rede de galerias pluviais.

Chuva provoca alagamento em São Luís

O que devo fazer ao verificar os riscos de alagamento na minha cidade?

Não deixe crianças trancadas em casa sozinhas;
Mantenha sempre pronta água potável, roupa e remédios, caso tenha que sair rápido da sua casa;
Conheça o Centro de Saúde mais próximo da sua casa, pode ser necessário;
Avise aos seus vizinhos sobre o perigo, no caso de casas construídas em áreas de risco de deslizamento. Avise, também, imediatamente ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil;
Convença as pessoas que moram nas áreas de risco a saírem de casa durante as chuvas;
Avise imediatamente ao Corpo de Bombeiros ou Defesa Civil sobre áreas afetadas pela inundação.

Posso levar os objetos pessoais mais importantes? 

Antes de tudo, salve e proteja sua vida, a de seus familiares e amigos. Se precisar retirar algo de sua casa, após a inundação, peça ajuda à Defesa Civil ou ao Corpo de Bombeiros;
Coloque documentos e objetos de valor em um saco plástico bem fechado e em local protegido;

Se a inundação for inevitável, como devemos enfrentá-la?

Tenha um lugar previsto, seguro, onde você e sua família possam se alojar no caso de uma inundação;
Desconecte os aparelhos elétricos da corrente elétrica para evitar curtos circuitos nas tomadas;
Não construa próximo a córregos que possam inundar;
Não construa em cima de barrancos que possam deslizar, carregando sua casa;
Não construia embaixo de barrancos que possam deslizar, soterrando sua casa;
Feche o registro de entrada d`água;
Retire todo o lixo e leve para áreas não sujeitas a inundações;
Feche bem as portas e janelas.

Foto: Reprodução

Há perigos de choque elétrico em equipamentos molhados na inundação?

Sim. Não use equipamentos elétricos que tenham sido molhados ou em locais inundados, pois há risco de choque elétrico e curto-circuito.

Como podemos colaborar para evitar inundações?

Jogue o lixo no lixo. Não jogue lixo em terrenos baldios ou na rua. Não jogue papel e lixo na rua;
Não jogue sedimentos, troncos, móveis, materiais e lixo que impedem o curso do rio, provocando transbordamentos;
Não jogue lixo nos bueiros (boca de lobo), para não obstruir o escoamento da água;
Limpe o telhado e canaletas de águas para evitar entupimentos.

Existe perigo em deixar crianças tomarem banho nas águas da inundação?

Sim. Não deixe crianças brincando na enxurrada ou nas águas dos córregos, pois elas podem ser levadas pela correnteza ou contaminar-se, contraindo graves doenças, como hepatite e leptospirose;

O que devemos fazer após a inundação?

Enterre animais mortos e limpe os escombros e lama deixados pela inundação;
Lave e desinfete os objetos que tiveram contato com as águas da enchente;
Retire todo o lixo da casa e do quintal e o coloque para a limpeza pública;
Veja se sua casa não corre o risco de desabar;
Raspe toda a lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis e utensílios;
Cuidado com aranhas, cobras e ratos, ao movimentar objetos, móveis e utensílios. Tenha cuidado com cobras e outros animais venenosos, pois eles procuram refúgio em lugares secos.

Que cuidados devemos ter com a água?

Nunca beba água de enchente ou inundação;
Não beba água ou coma alimentos que estavam em contato com as águas da inundação.

Água para Consumo Humano: pode ser fervida ou tratada com água sanitária, na proporção de 2 gotas de água sanitária para 1 litro de água ou tratada com hipoclorito de sódio, na proporção de 1 gota de hipoclorito para 1 litro de água. Nos dois casos, deixar em repouso por 30 minutos para desinfetar.

Água para limpeza e desinfecção das casas, prédios ou rua deve ter a seguinte dosagem: 1 litro de hipoclorito de sódio para 20 litros de água ou 1 litro de água sanitária para 5 litros de água.

Ferva a água ou use 1 gota de hipoclorito para 1 litro de água;
Lave os alimentos com água e hipoclorito.

Histórico de inundações no Maranhão em 2018

Desde o início de abril, a chuvas já provocaram danos aos municípios de Marajá do Sena, Pedreiras, Trizidela, Caxias, Lago dos Rodrigues, Presidente Vargas, Brejo, Bacabal, Imperatriz, São João do Sóter, Tuntum, Codó e Formosa da Serra Negra. Além destes, outros sete municípios estão em estado de alerta: São Luís Gonzaga, Rosário, Timbiras, Cantanhede, Nina Rodrigues, Paulino Neves e Araioses.

Mais de 60% da área territorial do estado é coberta por bacias hidrográficas. Durante o período chuvoso, a Defesa Civil do Maranhão tem acompanhado de perto as cidades cobertas pelas bacias do Mearim, Rio Itapecuru e Tocantins.

Por conta da má distribuição das chuvas no estado, alguns lugares podem ser mais atingidos pelas águas do que outros. Para evitar que famílias sejam pegas desprevenidas, conheça como ocorrem e quais são os tipos de inundações:

Normalmente, as inundações são cíclicas e nitidamente sazonais. Isso porquê, de acordo com um acompanhamento feito pela Defesa Civil, é caracterizado pela periodicidade, como por exemplo ocorre no interior do Maranhão, onde se percebe o pico das cheias entre os meses de abril e junho.

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