SÃO LUÍS

Terminal Rodoviário lotado na véspera do feriado

Grandes filas, saguão de embarque cheio e ônibus com assentos ocupados. Este é o cenário para quem vai viajar neste fim de ano na capital maranhense

As viagens de ônibus ainda são as mais procuradas por conta da vantagem nos preços em relação a outros meios de transporte. Foto: Karlos Geromy

Com as festas de fim de ano, como Natal e Ano-Novo, o Terminal Rodoviário de São Luís vira um pandemônio para quem decide comprar passagem de última hora.

As viagens estão disputadas, e a todo instante um ônibus sai seguindo destinos diferentes para o interior e outros estados do Brasil.

Grandes filas, saguão de embarque cheio e ônibus com assentos ocupados. Este é o cenário para quem vai viajar neste fim de ano na capital maranhense.

Para quem gosta de se prevenir, como o aposentado João Guimarães, que foi desde o início das vendas, não houve muita dificuldade para efetivar a compra. “Eu vim desde hoje (última sexta-feira) comprar a passagem de amanhã (hoje), porque se eu deixasse para amanhã (hoje) não iria encontrar uma vaga. Ou iria estar em uma fila imensa. Hoje consegui comprar antecipado e ainda escolhi onde sentar”.

As viagens de ônibus ainda são as mais procuradas por conta da vantagem nos preços em relação a outros meios de transporte, mas muitos consumidores reclamam do preço e das condições do veículo. “As passagens para qualquer lugar hoje em dia são caras, né? Mas tem uns ônibus aí que não têm conforto e ainda têm um preço alto. Para mim, que já não pago mais passagem, tudo bem, mas quem vai comigo tem que pagar caro e viajar sem conforto algum”, reclama o aposentado João Guimarães, que vai para o município de Vitória do Mearim, onde tem parentes.

Explicação

Funcionário de uma empresa de ônibus, Lucas Oliveira explica que os preços não tiveram aumento em relação ao período normal e destaca que a procura por passagens fez com que algumas empresas tivessem que trazer ônibus extras. “Nós mantivemos os mesmos preços, por isso os clientes estão gostando e comprando bastante. Todos os ônibus estão saindo cheios, e daqui até o Natal vai ser assim. Algumas empresas já trouxeram ônibus extras, para realizar mais viagens, porque só as do horário habitual não estão dando conta”.

De acordo com o funcionário, a movimentação é intensa durante todo o dia, tendo apenas alguns momentos de redução no número de pessoas circulando no saguão da rodoviária. “A movimentação é muito grande aqui desde o momento de início das vendas. As filas começam a se formar antes das 8h, tendo uma pequena diminuição só às 15h. Logo mais, às 18h, começa novamente o grande fluxo de pessoas”, explica.

Viagem cansativa

Para quem já enfrenta uma longa viagem, como a babá Eudiane de Sousa, que mora na cidade de Fortaleza, no Ceará, e vai passar o Natal com a família na cidade de Anapurus, a viagem se tornou mais estressante com os atrasos e a situação de algumas estradas. “O único problema que tive foi atraso na saída do ônibus, que teve um atraso de mais de uma hora. Em alguns locais, as estradas no Maranhão também não estão muito boas, o que acaba atrasando a viagem. O motorista tem que reduzir a velocidade, e é desconfortável passar por estradas com buracos”.

A babá ainda deve enfrentar mais uma viagem para a virada do ano, pois virá novamente para a capital para as festividades. “O Natal é em Anapurus com a família, mas na virada do ano vou voltar para São Luís e comemorar aqui mesmo. Só ano que vem volto para Fortaleza”.

Sem vendas para os comerciantes

Para os comerciantes que trabalham dentro do Terminal Rodoviário, a grande quantidade de pessoas circulando durante este período não traz grandes diferenças nas vendas. A dona de uma loja de presentes e variedades, Emanuele Pereira, que trabalha há 27 anos no local, diz que a cada ano está mais difícil manter a loja. “A cada ano vende mesmo. Nem neste período Natalino faz com que venda melhore. A gente fica o dia inteiro aqui e não vende às vezes nada”, desabafa.

Ela conta que a falta de caixas eletrônicos dentro da rodoviária, assim como serviços como Correios ou algo que levasse outras pessoas a frequentar o espaço, influenciou na queda nas vendas. “Aqui não tem um caixa eletrônico, só daqueles 24 horas e nem todo mundo gosta de sacar neles. As pessoas chegam e não podem comprar porque não têm dinheiro na mão. Se tivesse uma agência dos Correios aqui, ou alguma serviço tipo cartório, traria mais pessoas para cá e a gente poderia vender mais”.

Para conseguir manter a loja, Emanuele conta que teve que diversificar os produtos e mudar a forma de pagamento na esperança de que as vendas melhorem. “Antigamente, há muito tempo, a gente conseguia fazer mil reais de vendas em um dia, hoje mal chega a duzentos. Eu tive que colocar mais coisa, brinquedos, produtos naturais e até panela e caixa de papelão para conseguir vender. Já coloquei até máquina de cartão para atender mais pessoas”.

 

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