Cultura

Dia Municipal do Tambor de Crioula é celebrado com programação

O projeto “Rufô Tambô” fará rodas de tambor de crioula em pontos do Centro Histórico, das 17h à meia-noite desta quarta (6)

O Tambor de Crioula é uma manifestação típica maranhense.

O Tambor de Crioula é uma manifestação típica maranhense.

Instituído pela Lei 4.349, de 21 de junho de 2014, o Dia Municipal do Tambor de Crioula e seus Brincantes é celebrado nesta quarta-feira (6). Para comemorar a data, a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, realiza o projeto “Rufô Tambô” que fará rodas de tambor de crioula em pontos do Centro Histórico, das 17h à meia-noite.

Os grupos Arte Nossa, Mestre Apolônio, Unidos de Santa Fé, Mestre Ubaldo, Pungar da Ilha, Laborarte, Turma dos Crioulos, Maracrioula, Alegria de São Benedito e Catarina Mina iniciam a roda na Praça do Catraeiros de la segue para o Beco Catarina Mina, Canto da Cultura, Praça Valdelino Cécio e encerram o cortejo na Praça Nauro Machado.

Também nesta quarta-feira (6), o público pode participar da roda de conversa sobre “Lendas de São Luís”, que acontece das 9h às 11h, na Biblioteca Municipal José Sarney, localizada na Rua do Correio, s/n – Bairro de Fátima. A ação formativa recebe o jornalista e escritor Wilson Marques e a escritora Lenita de Sá para explanar sobre os diversos olhares sobre a cidade, do ponto de vista de cada autor. O bate papo é mediado por Rita Oliveira, diretora da Biblioteca Municipal. A programação também inclui contação de história.

Já na Galeria Trapiche, realiza a palestra “Projeto Reviver”, com a participação do arquiteto Luiz Phelipe Andrès, proponente do projeto de revitalização do Centro Histórico de São Luís, de mesmo tema da palestra. Na oportunidade, será abordado os vários olhares da cidade e de seu patrimônio visual e arquitetônico. A atividade acontece das 15h às 17h, na Galeria, localizada na Avenida Vitorino Freire, em frente ao Terminal de Integração da Praia Grande.

Exposição

Quem visitar o equipamento poderá conferir também a Exposição Acervo, que reúne pinturas e esculturas do conjunto de bens que ocupam os prédios e órgãos públicos do município. A mostra fica em cartaz até 5 de outubro e é composta por 22 obras dos artistas maranhenses João Carlos Pimentel, Ana Rodrigues, Francisco Moreno, Edson Mondego, Antônio dos Anjos, Marlene Barros, Miguel Veiga, Franssoufer, Telma Lopes, Thiago Martins e Tom Bezerra.

Com a temática sobre a cidade, a exposição engloba o acervo oficial adquirido ao longo de 30 anos pela Secult, aliando arte e história. “A exposição nos chama atenção para os acervos, sobre o cuidado que se tem com os bens, a restauração deles e de que forma os órgãos públicos estão adquirindo obras artísticas para ocupação de seus espaços. Quando tiramos o acervo das paredes da Secretaria e colocamos em diálogo, estamos semeando a ideia de que o acervo é vivo e também funciona como sacola de referência para novas produções. Trazemos o nome ‘Acervos’ no plural para abranger o acervo municipal, mas também como meio de ampliar a discussão sobre a dinamicidade desse assunto”, ressaltou Camila Grimaldi, diretora da Galeria.

Programação

Na segunda-feira (4), a Biblioteca Municipal iniciou suas atividades dentro da programação dos 405 anos de São Luís, promovido pela Prefeitura. O equipamento recebeu a diretora da Casa Josué Montello, Joseane Souza, a coordenadora do Museu e bibliotecária da Casa Josué Montello, Wanda França, e a cordelista Raimunda Frazão, que conversaram com os estudantes do 3º ano da Escola Gonçalves Dias sobre a obra de Josué Montello “Tambores de São Luís”. A roda de conversa homenageou o centenário do escritor maranhense.

“Este ano a Prefeitura pensou em uma programação que envolvesse os equipamentos de cultura para celebrar os 405 anos de São Luís. Desta maneira, teremos programação até quarta-feira na Biblioteca e em uma escola pública para alcançar um maior público, com rodas de conversas, contação de histórias, apresentação teatral, recitação de poesias e roda de tambor de crioula. Procuramos temáticas interessantes que pudesse abranger todas as idades e valorizar artistas e grupos locais”, destacou a diretora da Biblioteca Municipal, Rita Oliveira.

Na oportunidade, os alunos recitaram poesias com Raimunda Frazão e foram presenteados com sorteios de livros de autores maranhenses, entre romances, aventuras e cordéis. Para a estudante Ravenna Gois, a conversa foi bem enriquecedora. “A conversa foi ótima, pois aprendi muita coisa e pude ver o quanto é interessante a cultura e literatura maranhense”.

Wanda França, coordenadora do Museu e bibliotecária da Casa Josué Montello, ressaltou a importância da obra ‘Tambores de São Luís’ para a cidade. “É uma obra que ganhou importância internacional, decretada pela Unesco como Obra Representativa da Humanidade. É realmente completa, mostra a trajetória do negro no país, falando do antes, o processo de escravidão e o pós abolição da escravatura. Josué Montello traz em seu livro uma construção rica para a literatura brasileira, com enfoque na situação dos negros no Maranhão”.

A diretora da Casa Josué Montello, Joseane Souza, contou a relevância de Montello para o mundo. “É algo sem limites, uma grande representatividade para o Brasil e que levou o nome do Maranhão para fora do país. Seu legado vai além da literatura, neste centenário estamos destacando sua obra romanesca e seus importantes feitos e contribuição como gestor de vários órgãos, como a Academia Brasileira de Letras”.

Também nesta segunda-feira, a Galeria Trapiche foi palco da roda de conversa ‘História das Artes Visuais no Maranhão’ com a participação do artista visual João Carlos Pimentel. Pimentel é formado em Educação Artística pela Universidade Federal do Maranhão, professor e pesquisador com quatro livros publicados. A roda de conversa abordou a arte maranhense ao longo da história, com os artistas, obras e as características de cada época. “Acredito que essa discussão é fundamental para a construção da nossa identidade, porque se você vem de uma cidade e não a conhece, você é um estranho em seu próprio lar”, pontua.

Rejane Fonseca dos Santos, formada em Educação Artística, explica que já participou de outros encontros com Pimentel e conhece desde a época da faculdade. “A minha avaliação é a melhor possível, porque eu saio daqui com mais material que me ajuda profissionalmente. Ele é um pesquisador comprometido, que está sempre buscando informações novas, inclusive sobre as obras que a gente já trabalhou em outros encontros, ele traz dados novos”, destaca.

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