Entrevista O Imparcial

Coordenadora do Programa Luminar destaca importância do acesso à ciência

Anna Paula Araújo, assessora técnica de programas estratégicos da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secti), destacou os investimentos realizados pelo governo para a popularização da ciência e melhoria das condições de ensino

Reprodução

Numa versão renovada para 2017 e contemplando um número maior de alunos, a Caravana do Programa Luminar percorrerá 34 cidades maranhenses este ano. O programa permite que estudantes de diversas regiões do estado assistam a aulas sobre astronomia na estrutura de um planetário e tenham acesso a oficinas. Em entrevista exclusiva à reportagem, a coordenadora do Programa Luminar e assessora técnica de programas estratégicos da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secti), Anna Paula Araújo Pereira, destacou as mudanças do programa para o segundo semestre deste ano.

A coordenadora Anna Paula Araújo Pereira destacou os investimentos realizados pelo governador Flávio Dino para a popularização da ciência e melhoria das condições de ensino oferecidas aos estudantes de todas as regiões do estado. De acordo com Anna Paula Araújo Pereira, cerca de 40 mil estudantes devem ser atendidos com a Caravana do Programa Luminar, que inicia as atividades nesse fim de semana atendendo os estudantes de Coroatá.

IMPARCIAL – Qual a importância do Luminar para os estudantes?

Ana Paula Araújo – É uma metodologia utilizada para levar a ciência e tecnologia ao maior número de alunos dos municípios maranhenses. É a forma encontrada para a popularização da ciência através das oficinas, que estimulam a criatividade destes estudantes. Dentro da programação, além da oficina, existe um planetário (estrutura de plástico arrefecido com ar), com capacidade para atender até 40 pessoas por vez. Esse é o maior programa de difusão e popularização da ciência e tecnologia do Governo do Maranhão e foi criado na gestão do governador Flávio Dino, em 2016, seguindo a linha das políticas públicas do Governo que visam a descentralização, regionalização e interiorização das ações para alcançar maranhenses de todas as regiões do estado. O objetivo é despertar vocações científicas. A ação integra o eixo estratégico da popularização da ciência, tecnologia e inovação.

Como são as aulas no Planetário?

Lá dentro os alunos têm a oportunidade de assistir vídeos e projeções planetárias. Acontece uma aula de aproximadamente 25 minutos, em que os alunos aprendem sobre planetas, sistema solar, dentre outros temas.

Quais novidades o programa traz para este ano?

Este ano a novidade é que nós aumentamos de cinco para sete o número de oficinas, com a implantação da Paleontologia (Arqueologia) e Matemática. Temos ainda oficinas de Planetário, Astronomia, Eletricidade Básica, Robótica e Games.

Como são executadas essas oficinas?

As oficinas são as práticas das teorias dos temas que são trabalhados pelos professores no período letivo. Ou seja, os alunos encontram nas oficinas as respostas das teorias. Eles colocam tudo em prática. É a matemática, é a física, é a química na prática.

Como as escolas podem participar do programa?

Todo início de ano nós disponibilizamos um edital para que as escolas se inscrevam. Neste ano nós estamos atendendo escolas dos municípios que fazem parte da Rede Ciências, que aderem às diretrizes da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secti) e implantam essas práticas nas escolas.

Então, houve um aumento na procura das escolas?

Sim. No ano de 2016 atendemos 17 escolas, algo em torno de 16 mil pessoas. Este ano foram 34 escolas escolhidas, o que deverá atender cerca de 40 mil pessoas, devido à presença da parceria das redes municipais este ano. Isso demonstra que o programa está se disseminando e despertando o interesse destes alunos pela ciência.
Como levar a ciência para muitas pessoas que nunca tiveram contato algum?
Primeiramente adotar uma metodologia prática e que caiba na realidade daquela população. É levar ciência na prática, através de experimentos, de algo que seja acessível. Trabalhamos muito com o lúdico. É chegar para o aluno, que muitas vezes nunca mexeu num computador, e fazer que ele consiga montar um jogo ou um robô. É fazer esses alunos conseguirem ligar o circuito de uma casa, através de um celular, via Bluetooth.

Com a experiência do que aconteceu em 2016, o que você vê de positivo para essas comunidades escolares que participaram da edição passada?

Ano passado, a Caravana da Ciência foi levada para 17 municípios atingindo 16 mil alunos. Este ano irá atingir 34 municípios com uma estimativa de participação de 40 mil estudantes. Eu percebo que a semente foi plantada em cada um destes municípios que passamos. Além de serem muito acolhedores e interessados, alguns dos participantes expandiram as primeiras ideias após amadurecer um projeto. É fantástico o resultado. Muita das vezes, esses jovens não sabem do potencial que têm. O papel do programa é justamente esse, estimular a ciência nestes cidadãos e fazer com que eles tenham motivação para colocar o que existe de ideia na prática.

E a avaliação?

Temos monitores que fazem avaliação, identificando potencialidades durante o programa. Além disso, implantamos nesta edição uma capacitação para desenvolver e estender esse contato com a comunidade escolar. Os professores dessas escolas receberão capacitações em alguma das áreas das ciências, para que estes educadores possam continuar trabalhando com os alunos.

Quando começa a edição de 2017?

Os estudantes do município de Codó serão os primeiros a receber as oficinas do programa Luminar. As atividades começam neste fim de semana.

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