O adeus a Fontenele

O tempo não apaga

Amigos, faz pouco mais de uma semana que o nosso Fontenele partiu e a gente já começa a sentir que esquecer a perda de um ente querido é uma tarefa das mais difíceis. Acostumar-se com a ausência de um profissional da competência e dedicação do companheiro que se foi, torna-se quase impossível. Faz pouco tempo […]

Amigos, faz pouco mais de uma semana que o nosso Fontenele partiu e a gente já começa a sentir que esquecer a perda de um ente querido é uma tarefa das mais difíceis. Acostumar-se com a ausência de um profissional da competência e dedicação do companheiro que se foi, torna-se quase impossível. Faz pouco tempo que ele nos deixou, mas lágrimas ainda passam pelos nossos olhos, trazendo o vazio de uma saudade que não terá fim.
Dizem que ninguém é insubstituível, mas faz falta. O rádio esportivo maranhense com Fontenele tinha um tempero diferente. Sem sua presença, por muito tempo vamos achar tudo muito esquisito.
Não temos a pretensão de afirmar que nossa crônica esportiva é carente de talentos, pelo contrário, temos profissionais de gabarito em todos os veículos (rádio, televisão, jornal, blogs,etc). Agora, o que cativava os ouvintes de Fontenele era seu estilo crítico responsável, porquanto sempre muito bem fundamentado, capaz de deixar determinados alvos até mesmo sem capacidade para contestá-lo. Por isso, tinha o respeito de todas as torcidas, dos dirigentes e até da concorrência.
Tive a felicidade de com ele laborar por longo período, não apenas pela admiração ao seu trabalho, mas pelo exemplo raro de dedicação que representava para toda a classe. Era um apaixonado por aquilo que fez durante a maior parte da sua vida. “Informando, comentando, criticando como a galera gosta, pronto já se disse tudo”. Lembram-se dessa vinheta de um dos seus programas?
Como repórter, um dos mais completos de sua geração. Como comentarista, aplaudido, também contestado, polêmico. Conquistou seu espaço, uma audiência inigualável, mas por contrariar interesses, também teve de enfrentar alguns desafetos, a maioria dos quais perdoou, mesmo quando foi vítima de calúnias e ameaças de agressões físicas.
Pois bem. Além de sua capacidade profissional, eu conhecia também um pouco da sua personalidade, porque tínhamos uma estreita e saudável amizade.
Quem ouvia pelo rádio um Fontenele contundente, e às vezes agitado, jamais poderia imaginar que fora do microfone havia uma pessoa bem humorada, brincalhona, que dava atenção a todos sem nenhuma distinção.
Já contei, aqui nesta página, um pouco da sua trajetória. Mas sua vida daria para escrever um livro recheado de lutas e muitas glórias, graças à inteligência que Deus lhe deu e sua inconfundível capacidade de superação.
Sua missão mais difícil foi enfrentar o câncer. Mesmo assim, foi um GUERREIRO, com todas as letras maiúsculas. Lutou até à “última volta do ponteiro”, como diriam os antigos narradores esportivos. Tombou heroicamente.
O tempo não vai apagar jamais a lembrança do bom serviço prestado ao desporto por Herbert Fontenele. Agora, não podemos fazer mais nada a não ser rezar, pedindo a Deus para que ele descanse em paz e encontre uma luz que o levará ao ponto de continuar crescendo espiritualmente.
Só nos resta esperar que sua passagem pelo Planeta sirva de exemplo às gerações de profissionais do esporte, que vai seguir em frente.
Nós, enquanto vida tivermos, lembraremos sempre com admiração o seu trabalho e honraremos a sua memória.
Que Deus conforte a sua família.
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