EXPOSIÇÃO

“Pironarrativa: relato do fogo” por Binho Dushinska

Em Pironarrativa: relato do fogo queé composta de 19 quadros , sendo que uma das obras tem o verso e o reverso, Dushinska provoca o espectador a pensar e refletir sobre situações cotidianas que são pertinentes ao homem.

Reprodução

A arte milenar da pirografia em madeira, marca a nova exposição do artista visual maranhense Binho Dushinska. Com mais de 20 anos dedicados a produção artística, por meio de seus traços, Dushinska coloca toda a sua emoção reveladas em vivências que podem ser identificadas em cada elemento estampado por ele em placas de madeira.

Em Pironarrativa: relato do fogo  que é composta de 19 quadros , sendo que uma  das obras tem o verso e o reverso, Dushinska provoca o espectador a pensar e refletir sobre situações cotidianas que são pertinentes ao homem, seja ele do Maranhão ou de qualquer outra parte do mundo. “A proposta desta exposição é colocar em debate alguns temas sociais por meio da linguagem da arte. Eu vejo a arte como um elemento de reflexão social, cultural, artístico e de educação também, pois ela não deixa de ser arte quando se propõe a tudo isso”, explicou Dushinska. 

Para realizar o trabalho Dushinska usa como ferramenta o pirógrafo, uma espécie de uma caneta ligada à energia elétrica e marca a madeira com ferro quente.

O artista que começou a estudar aos 14 anos no Centro de Artes Japiaçu e teve como Mestre o artista plástico, Ambrósio Amorim, codoense que nos anos de  1980 integrou em São Luís, o corpo docente do Centro de Artes e Comunicações Visuais do Estado – Cenarte.

Em sua 14ª exposição individual, Dushinska faz um mergulho na memória de por de seus quadros para chamar a atenção sobre a necessidade de preservar o meio ambiente e a rica fauna brasileira que está ameaçada.  Por meio de sua arte/denuncia Dushinska mostra a gaiola e o homem predador responsável por colocar espécies em extinção como o tucano, a onça pintada, o caranguejo-açu e até o carcará do sertão “que avoa que nem avião” como cantou o cantor e compositor João do Vale, maranhense que é uma das maiores referências da música brasileira. 

Dushinska busca também referência na inocência dos meninos que jogam futebol de vársea no campinho do bairro, mas que sonham em vestir a camisa da Seleção Brasileira ou virar a estrela de um time internacional. O artista mostra que a bola que rola redonda nos gramados pode se tornar quadrada na vida, por conta das nossas escolhas.  

Estas são algumas das inspirações de Dushinska nesta exposição inédita que fica em cartaz até o próximo dia 30 de julho no Centro de Criatividade Odilo Costa, filho, na Praia Grande, e que pretende percorrer outros espaços. Os quadros do artista estão à venda e podem ser negociados diretamente no local. 

Sobre a pirografia

A palavra pirografia tem origem grega e significa “escrita + fogo”. Há estudos que cogitam que a pirogravura pode ter sido uma das primeiras manifestações artísticas da humanidade. Pode imaginar isso? Isso se deve ao fato do homem ter descoberto e começado a manusear fogo há mais ou menos dez mil anos. É uma técnica primitiva, ancestral, que nos remete aos antepassados.

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