COMBATE À VIOLÊNCIA

II Semana de Combate ao Feminicídio começa nesta terça

Desde o ano passado, a data do dia 13 de novembro foi escolhida pelo governo para representar o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio

Nesta terça-feira, 13, completa dois anos do crime que vitimou Mariana Menezes de Araújo Costa, então com 33 anos. Ela foi asfixiada e violentada em sua residência, no Turu, em São Luís. O acusado do crime é o próprio cunhado, Lucas Porto.

Desde o ano passado, a data que ficará marcada para sempre na família da vítima, também será lembrada, anualmente, por cada maranhense como um dia de luta e enfrentamento da violência contra a mulher. Em 2017 foi instituído o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, exatamente no dia 13 de novembro.

Com o intuito de sensibilizar mais mulheres sobre o assunto, será aberta amanhã a II Semana Estadual de Combate ao Feminicídio, que acontece até o dia 18 de novembro, com programação variada.

A delegada Kazumi Tanaka, Coordenadora das Delegacias da Mulher do Estado do Maranhão, explica que o evento tem o objetivo de lembrar dos casos ocorridos no Maranhão e, principalmente, ressaltar o quanto é preciso avançar para evitar que novos crimes como estes venham ocorrer.

Delegada Kazumi Tanaka (Foto O Imparcial)

“Ano passado foram registrados 50 casos de feminicídio no estado. Este ano já identificamos 38. Mas a gente sabe que o feminicídio acontece em função de uma série de coisas anteriores, que no caso é a violência de gênero; a violência doméstica e familiar; repetição de comportamentos culturalmente aprendidos que fazem com que os homens acreditem que a mulher é propriedade dele, que o faz pensar que quando a mulher sai com determinada roupa ela está pedindo para ser estuprada; e outros comportamentos machistas e patriarcais que continuam a persistir o em nossa sociedade e podem agravar essa violência e culminar no feminicídio”, explica a delegada.

Kazumi Tanaka ressalta que a violência é “democrático”, no sentido de que toda mulher pode estar exposta a este tipo de situação. “Não podemos criar perfis específicos do que seja uma mulher agredida, do que seja uma mulher vulnerável. Qualquer mulher pode estar exposta a uma vida de violência, especialmente as violências psicológicas, que são as primeiras que chegam dentro do relacionamento afetivo, com a manipulação e controle, quando o homem retira a autoestima e autonomia da mulher para que ela não decida o que é melhor para ela”, continua.

SEMANA DE COMBATE

Sobre o evento, a Semana de Combate ao Feminicídio é um projeto da Polícia Civil que tem o objetivo intensificar o enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher, sobretudo o Feminicídio. O tema deste ano é “Até que todas vivam sem medo”.

“É muito importante a participação de toda a população como forma de apoio à luta pela igualdade de gênero e demonstração de que a sociedade não mais admite nenhum tipo de discriminação, nem violência contra a mulher”, diz o convite para o evento.

Confira a programação:

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