SÃO LUÍS 406 ANOS

Cumprimento do Plano Diretor de São Luís pode evitar problemas

A cidade só cresce, mas isso não é um problema, pois é fruto da evolução da sociedade. O problema é como essa cidade cresce e as consequências para a saúde, trânsito, meio ambiente, que são geradas por uma falta de planejamento

Se o Plano Diretor da Cidade de São Luís fosse cumprido à risca, muitos problemas poderiam ser evitados, é o que aponta ambientalista

São Luís completa 406 anos de fundação neste 8 de setembro. Como diz um trecho de A Cidade, do grupo Nação Zumbi, “a cidade não para, a cidade só cresce. O de cima sobe e o de baixo desce”.

É isso. A cidade só cresce, mas isso não é um problema, pois é fruto da evolução da sociedade. O problema é como essa cidade cresce e as consequências para a saúde, trânsito, meio ambiente, que são geradas por uma falta de planejamento. “Sustentabilidade, qualidade de vida são questões especialmente importantes em áreas urbanas, porque o conceito de ambiente urbano está evoluindo diferentemente do conceito de meio ambiente não tradicional.

Esse conceito é de qualidade de vida. Então, quando nós discutimos São Luís do ponto de vista do meio ambiente, ela sendo uma área metropolitana, as questões não vão ser biodiversidades, nem florestas ameaçadas, mas saneamento, balneabilidade de praias, estresse associado a uma poluição visual. Então a visão que eu tenho de meio ambiente em São Luís seria de integrar qualidade de vida na discussão”, aponta o biólogo e cientista ambiental, Márcio Vaz.

Grotas, invasões, palafitas, comunidades, favelas, urbanização informal… São muitos os nomes usados em todo o país para designar as ocupações desordenadas que se multiplicaram pelas cidades brasileiras.

O Banco Nacional da Habitação (BNH), criado durante o governo militar, em 21 de agosto de 1964, e mais recentemente o Minha Casa, Minha Vida foram algumas das iniciativas governamentais para tentar solucionar esse problema social.

Segundo o Censo 2010 do IBGE, o Brasil tinha cerca de 11,4 milhões de pessoas morando em favelas e cerca de 12,2% delas (ou 1,4 milhão) estavam no Rio de Janeiro. Belém era a capital brasileira com a maior proporção de pessoas residindo em ocupações desordenadas: 54,5%, ou mais da metade da população. Salvador (33,1%) vinha em seguida, São Luís (23,0%), Recife (22,9%) e o Rio (22,2%). Porém, esses dados datam de 10 anos. Para Márcio Vaz, é preciso trazer essa reflexão para a realidade.

“Se você pegar a década de 1950 quando a cidade começa a se expandir em direção ao Anil, Filipinho, tem-se uma cidade que desde aí já tinha uma urbanização informal. Se você mapear essas e as atuais áreas, é em torno de 80% de urbanização informal. Então quando do você vai a um bairro desses você tem problema de tráfego, tem casa no meio da rua, não há espaço para ônibus porque as ruas são estreitas, o trânsito não flui, há problema de saneamento, complica fazer área verde… tem bairros que surgem e não tem área verde, área de lazer. Todos os problemas que São Luís tem são por falta de uma urbanização formal”, afirma Márcio Vaz.

Confira a grande reportagem em nossa edição digital

 

 

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