REQUALIFICAÇÃO URBANA

Obras na Rua Grande mudam rotina no Centro da capital

A principal reclamação é da falta de espaço para caminhar, tendo eles que disputar espaço na rua com os carros e ônibus, que também ainda não se adaptaram com as alterações do trânsito

Foto: Honório Moreira

Há muito se pedia melhorias para a região central de São Luís. Na Rua Oswaldo Cruz, a Rua Grande, as reclamações eram constantes quanto à precariedade do calçamento e falta de infraestrutura que atrapalhava bastante os comerciantes locais e consumidores. Quando as obras finalmente chegaram, trouxeram consigo uma série de indagações sobre como afetariam a rotina diária de quem trabalha e passa pelos locais que receberiam melhorias. O que começou como desejo de renovação do espaço público acabou se tornando dor de cabeça para muitos.

Para os pedestres que passam diariamente pelas praças Deodoro e Pantheon, a principal reclamação é da falta de espaço para caminhar, tendo eles que disputar espaço na rua com os carros e ônibus, que também ainda não se adaptaram com as alterações do trânsito. A professora aposentada Ionides Oliveira diz que a obra é necessária e trará benefícios à região, porém está sendo executada de maneira desorganizada. “Acho que não deveria ser feito tudo de uma vez e, sim, por etapas. Porque fecharam todas as praças e a locomoção fica muito complicada, além do trânsito. Para você atravessar de um lado para o outro, tem que se arriscar andando pela rua, porque a calçada foi coberta com tapumes. A obra precisava ser feita, mas de uma forma mais organizada”.

Foto: Honório Moreira

O Projeto de Requalificação Urbana da Rua Grande deve entregar até o fim deste ano a área das praças Deodoro e Pantheon, Alameda Gomes de Castro e Rua Grande completamente renovadas, com um valor orçado em R$ 31 milhões em recursos do Iphan, por meio do PAC das Cidades Históricas. De acordo com o cronograma do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a entrega da Pantheon e Alameda deve ser ainda neste semestre e a Deodoro será a última, já que o canteiro de obras está instalado nela.

Chegando à Rua Grande

A instalação dos tapumes que limitam a passagem de pessoas no local onde as obras acontecem, na Rua Grande, foi realizada no último sábado, 7. Ontem, os trabalhos efetivamente se iniciaram e, com as máquinas e trabalhadores no local, houve muita confusão no trânsito e reclamação de pedestres e lojistas.

Foto: Honório Moreira

A vendedora Adilene Souza, responsável por uma loja que ficou no trecho de obras, atrás de um dos tapumes já percebe prejuízos por conta da redução no número de pessoas que agora passam pela frente da loja. Segundo ela, a maior preocupação é com o tempo que o espaço ficará interditado, podendo afetar nas vendas e lucros da loja.

“Faltou informação por parte da empresa que está fazendo a obra. Eles só chegaram no sábado e taparam tudo aí, e o que a gente sabe é que devem durar uns dois meses, mas ninguém chegou a confirmar isso para a gente. Não sabemos ainda como vamos fazer para não ter prejuízos, mas com certeza vamos ter enquanto estiver tendo a obra aqui”, afirmou.

De acordo com o Iphan, a obra tem início no trecho da primeira quadra que compreende entre a Rua do Passeio e a Rua de Santaninha, acontecendo a intervenção sucessivamente por quadras. A obra não inviabilizará o acesso dos consumidores às lojas da quadra que estiver em serviço. A instalação dos tapumes foi feita de maneira a deixarem local para que os transeuntes tenham espaço suficiente para sua passagem, bem como para terem acessos aos espaços comerciais.

Foto: Honório Moreira

Durante vistoria realizada nas obras em fevereiro, o superintendente do Iphan, Maurício Itapary, destacou que o processo de obras na Rua Grande deve acontecer em etapas, evitando assim que todas as lojas sejam prejudicadas de uma vez só nesse processo. “Queremos entregar toda a obra até o fim do ano, mas como toda obra deve criar alguns transtornos. Ao chegar à Rua Grande, a obra irá acontecer por quadras, e a gente vai procurar criar menos transtornos possíveis. Assim que se for fechando uma quadra, vai se abrindo outra e as pessoas poderão continuar indo ao comércio local”.

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