Operação Jenga

Pacovan será solto neste sábado (13); investigações podem ser comprometidas

Ele é suspeito de chefiar uma organização criminosa que desviou R$ 200 milhões dos cofres públicos do Maranhão

Reprodução

O empresário e agiota Josival Cavalcanti da Silva, o “Pacovan”, que é apontado como líder de uma organização criminosa que desviou R$ 200 milhões dos cofres públicos do Maranhão, será solto na manhã deste sábado (13). A decisão é do juiz Flávio Roberto Ribeiro Soares.

Pacovan está preso, juntamente com outros 17 suspeitos de participação no crime, desde o dia 4 de maio, quando a Polícia Civil deflagrou a ‘Operação Jenga’. O agiota é apontado como o chefe do esquema que, segundo as investigações, tem participação de várias prefeituras do estado. Há, inclusive, suspeita de desvios oriundos de emendas parlamentares.

Pacovan será solto porque o juiz Flávio Soares não acatou o pedido de prisão preventiva contra ele, que foi feito ontem pela polícia. O agiota foi preso a partir de um mandado de prisão temporária, e só podia ficar preso por, no máximo, 10 dias. Prazo que termina neste sábado (13).

A decisão do juiz Flávio Soares foi mal recebida pela polícia, principalmente entre os agentes que estão diretamente envolvidos nas investigações. A avaliação é de que a soltura de Pacovan pode comprometer o avanço das investigações, criando oportunidades para a destruição de provas e aliciamento de testemunhas.

“Ele deveria permanecer preso para a garantia da ordem pública, garantia da ordem econômica. Estando solto, ele [Pacovan] vai poder aliciar testemunhas, destruir provas, além de poder voltar a manipular o esquema criminoso, todo o patrimônio que adquiriu por meios ilícitos. Então todo o trabalho que foi feito para dar fim a esses crimes pode ser destruído”, disse uma fonte da polícia ouvida por O Imparcial.

Além de Pacovan, os outros 17 presos na primeira fase da Operação Jenga também serão soltos neste sábado. Dentre os 18, a polícia pediu a prisão preventiva de cinco: Josival Cavalcanti da Silva (Pacovan), Edna Maria Pereira, Thamerson Damasceno Fontenele, Geraldo Valdonio Lima da Silva e Jean Paulo Carvalho Oliveira. Os cinco foram apontados como os responsáveis por gerir todo o esquema.

Tornozeleira eletrônica

Na decisão do juiz Flávio Soares, foi determinado que os 18 presos serão monitorados por meio de tornozeleira eletrônica. Ocorre que Pacovan não costuma levar muito a sério essa ordem judicial. Na última vez que foi solto, também com tornozeleira digital, Pacovan furou o limite determinado pela Justiça 200 vezes. Difícil acreditar que, desta vez, será diferente.

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