JULGAMENTO

Justiça condena homem acusado de estrangular esposa em São Luís

o professor Carlos Alberto Silva foi condenado há 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão, pela morte da esposa Kátia Francisca Moraes Silva

Os jurados do 4º Tribunal do Júri condenaram o professor Carlos Alberto Silva há 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão, pela morte, por estrangulamento, da esposa Kátia Francisca Moraes Silva, na noite do dia 13 de julho de 2009, na residência da vítima, na Vila Airton Sena. Após o julgamento, realizado ontem (13), o réu foi encaminhado para o centro de triagem da Penitenciária de Pedrinhas. Ele cumprirá a pena em regime fechado.
A juíza Samira Barros Heluy, que presidiu o júri, ressaltou, na sentença condenatória que Carlos Alberto Silva agiu com frieza no cometimento do delito, bem como logo após, a ponto de simular a ocorrência de suicídio da vítima, alterou a cena do crime, na tentativa de se esquivar da responsabilidade penal. Destacou também que as circunstâncias do crime são desfavoráveis ao acusado, por não ter poupado o seu filho, à época menor de 3 anos de idade, de presenciar a morte da mãe. Afirmou, ainda, que as consequências do crime foram graves, deixando a criança abalada psicologicamente, necessitando se submeter a tratamento especializado após o fato.
Quando foi assassinada, a enfermeira Kátia Francisca Moraes Silva tinha 24 anos, e o réu 43. Segundo consta no processo, quando os policiais chegaram ao local no dia do crime não havia sinais de arrombamento nas portas ou janelas do imóvel. Conforme a perícia, só estava na casa o cadáver da vítima, e as características da corda e do nó eram compatíveis com as lesões no pescoço da mulher. Ao ser interrogado pela justiça, o acusado negou a autoria da morte, mas afirmou que modificou o local do crime e não chamou nenhum vizinho para ajudá-lo.
Durante o júri popular, que começou pela manhã e só terminou no final da tarde dessa quarta-feira (13), foram ouvidas testemunhas, a mãe da vítima, o médico legista responsável pelo laudo de exame cadavérico e uma perita criminal. Na instrução do processo o filho do casal foi ouvido sobre o caso e também recebeu atendimento especializado.
Por maioria dos votos, os jurados disseram que foi Carlos Alberto Silva quem produziu as lesões na vítima, com uso de instrumento de ação-mecânica, causando-lhe asfixia, resultando na morte de Kátia Francisca Moraes Silva. O promotor de justiça, Samaroni de Sousa Maia, que atuou no júri, pediu a condenação do réu por crime de homicídio. O advogado Ítalo Leite, nomeado como defensor dativo, pediu a absolvição do acusado com a tese de negativa de autoria. A pena foi agravada por ser um crime contra a mulher.
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